A presença impactante de Fidel na ONU

Editado por Martha C. Moya
2016-12-01 15:38:25

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Os discursos de Fidel Castro na ONU sempre foram recebidos com aplausos e ovações. Ninguém ficou indiferente diante de suas denúncias, e não seria equivocado afirmar que nos salões do organismo internacional, em Nova York, perduram suas palavras, que constituem lições de história e veracidade.

No primeiro de seus discursos na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro de 1960, o líder histórico da Revolução afirmara que os problemas de Cuba tinham sua origem no fato de ter sido colônia da Espanha durante séculos e depois ter passado a um regime, também de caráter colonial, subserviente aos interesses dos EUA.

Com sua habitual coragem e dignidade, Fidel revelou à comunidade internacional as agressões dos EUA contra o governo revolucionário que assumira o poder no ano anterior, e denunciou os atos hostis dos quais era vítima a delegação cubana desde que chegara a Nova York.

Naquele discurso pronunciou uma frase que passou à história como síntese dos problemas das nações subdesenvolvidas: “Desapareça a filosofia do despojo e desaparecerá a filosofia da guerra! Desapareçam as colônias, desapareça a espoliação dos países pelos monopólios e então a humanidade alcançará uma verdadeira etapa de progresso!”.

Fidel sempre foi claro em suas colocações e nunca hesitou em defender os direitos dos mais pobres. Com sua voz forte e enérgica fez valer ao longo de sua vida o direito dos camponeses à terra, das crianças à educação e dos doentes à atenção médica. Na Assembleia Geral da ONU proclamou o direito dos negros e índios à dignidade plena do homem, das mulheres à igualdade civil, social e política, e dos idosos a uma velhice segura.

Anos depois, em 1979, voltaria a falar no pódio desse órgão das Nações Unidas. Ali, reiterou o direito dos mais pobres de serem escutados e levados em conta. Em nome do Movimento dos Países Não Alinhados, cuja presidência era ocupada por Cuba nessa época, denunciou as desigualdades entre nações ricas e pobres, e ratificou que era preciso reduzir as diferenças econômicas.

Naquele dia, Fidel Castro se tornou porta-voz dos anseios do mundo em desenvolvimento ao afirmar: “Aspiramos a uma nova ordem mundial, baseada na justiça, equidade e paz, que substitua o sistema injusto e desigual que prevalece hoje”.

Este foi talvez um de seus discursos mais lembrados na sede da ONU. Perante os chefes de Estado e de governo reunidos lá, ergueu sua voz para abordar assuntos como a paz, a democracia e a colaboração entre os povos.

“Basta já da ilusão de que os problemas do mundo possam ser resolvidos com armas nucleares. As bombas poderão matar os famintos, os doentes, os ignorantes, mas não podem matar a fome, as doenças e a ignorância. Também não podem matar a rebeldia justa dos povos”, apontou o líder cubano.

Fidel visitou por última vez a sede das Nações Unidas no ano 2000. Nessa ocasião, reiterou suas denúncias sobre as desigualdades do mundo atual, e arvorou uma mensagem de esperança e confiança na luta do ser humano por alcançar suas metas ao sublinhar: “O sonho de alcançar normas verdadeiramente justas e racionais que rejam os destinos de muitos, a muitos lhes parece impossível. Nossa convicção é que a luta pelo impossível deve ser o tema desta instituição que hoje nos reúne”.

(M.J. Arce, 1º de dezembro)



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