Vacinas e preocupações

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-01-20 18:30:36

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Inicio "histórico" de vacunación contra covid-19 en Reino Unido.

Por Guillermo Alvarado

Registros oficiais revelam que perto de 40 milhões de vacinas contra a Covid-19 tinham sido inoculadas até a última segunda-feira, porém a maioria dos receptores vive em países ricos e pouquíssimos no mundo pobre.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), outras entidades e personalidades defenderam a distribuição mais justa das vacinas, de tal modo que possam ser aplicadas ao mesmo tempo em diferentes lugares do planeta.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse estar disposto a compartilhar com nações de poucos recursos  uma parte dos imunizantes comprados à corporação farmacêutica Pfizer. Um atitude digna de elogio e respeito.

Esse país está mergulhado numa complicada situação criada pela pandemia, com 1,64 milhões de contágios e 141 mil mortos, mesmo assim correspondeu ao pedido de ajuda aos menos favorecidos.

A experiência das primeiras semanas de vacinações, contudo, mostrou que não é suficiente contar com as doses necessárias para imunizar a maior fatia da população.

Há um extraordinário esforço logístico e organizativo para lá da presença do vacinador e o vacinado. Para começar, um grande número de pessoas deve ser treinado no uso e aplicação desses produtos, não só para evitar perdas, mas também para que os registros sejam rigorosos.

Não todos os preparados exigem condições como os de Pfizer – que devem ser conservados a 70 graus negativos com equipamentos que não são comuns – mas também não existe nenhum que possa estar à temperatura ambiental.

Armazenar e transportar as vacinas nessas condições é um problema sério em lugares onde não se conta com a infraestrutura apropriada.

A isso devemos somar a quantidade de seringas e outros insumos indispensáveis para a inoculação. Isso pode parecer irrelevante, porém se multiplicarmos esses insumos pelos milhões  que devem ser imunizados, veremos que a coisa não é fácil.

E ainda não sabemos se as farmacêuticas serão capazes de satisfazer à procura universal.

Por enquanto, estão demorando os fornecimentos de Pfizer a países que compraram seus produtos por adiantado. Por exemplo, em Nova York e Berlim não puderam abrir os centros de vacinação em massa que estavam previstos.

São desafios globais que necessitam respostas e vontade global, a não ser que algumas potências estejam dispostas a prescindir de uma boa parte da humanidade.

 



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