A Seção Brasil da Internacional Antifascista convocou à solidariedade unificada com Cuba, às vésperas da votação nas Nações Unidas da resolução que exige o fim do bloqueio dos EUA contra o país caribenho. A organização observou em uma proclamação que, em 2025, vários países ao redor do mundo — incluindo o próprio Brasil — “sentiram uma pequena amostra, às vezes apenas em formato de ameaça, do que o povo cubano sofre desde 3 de fevereiro de 1962”.
O texto denuncia que Cuba continua sendo alvo de uma “guerra econômica e coerção geopolítica” que visa sufocar suas condições de vida e provocar a queda do governo revolucionário, substituindo-o por um “contrarrevolucionário e pró-imperialista”.
De acordo com a declaração, o bloqueio se consolidou como uma política de Estado do sistema imperialista liderado por Washington, “independentemente de quem ocupe a Casa Branca”.
Segundo estimativas citadas pela seção brasileira, as perdas causadas pelas restrições somaram US$ 7,5 bilhões somente de março de 2024 a fevereiro do ano passado.
A nota lembra que o governo do republicano Donald Trump intensificou sua política de sufocamento contra Cuba desde junho, incluindo-a novamente na lista de países patrocinadores do terrorismo, “quando os Estados Unidos praticam terrorismo econômico” por meio de sanções e aumentos de tarifas contra outras nações.
Como parte dessas medidas, a Internacional Antifascista detalha que transações financeiras diretas ou indiretas com entidades vinculadas ao governo cubano foram proibidas, além de restabelecer a proibição de viagens dos Estados Unidos para Cuba e restringir a entrada em território norte-americano dos que visitem a Ilha.
A seção interpreta o endurecimento das sanções como parte de uma ofensiva mais ampla contra a América Latina, marcada por guerras tarifárias, ameaças de intervenção militar contra a Venezuela e planos golpistas “impulsionados por agentes fascistas e terroristas do imperialismo”.
Por isso, Cuba voltará a apelar perante a Assembleia Geral da ONU, que se reunirá nos dias 28 e 29 de outubro, para exigir, como vem fazendo desde 1992, o fim do bloqueio.
O comunicado conclui com um apelo à intensificação de atos de solidariedade e manifestações em diversas cidades brasileiras, “unidos na exigência do fim do bloqueio” e na defesa da soberania dos povos contra as políticas imperialistas.
Fonte: Prensa Latina.
