A presidente Claudia Sheinbaum afirmou na quinta-feira que a posição do México em relação a Cuba é soberana e permanecerá inalterada, mesmo que represente uma divergência com o governo dos Estados Unidos, que impõe um bloqueio econômico à ilha.
“Nossa posição em relação a Cuba permanecerá a mesma, como tem sido desde (o ex-presidente Adolfo) López Mateos”, afirmou, lembrando a relação consistente com a nação caribenha sob governos anteriores, independentemente da tendência política.
A presidente observou que este tem sido uma questão recorrente nas relações México-Estados Unidos desde o triunfo da Revolução Cubana em 1959 e falou que a relação com a Ilha “sempre foi um ponto de discórdia” entre os governos dos dois países vizinhos.
“Isso não deve influenciar as relações México-Estados Unidos. E nossa posição é soberana; é uma decisão soberana e tem muito a ver com o humanismo que representamos. Os povos não devem sofrer”, disse em referência ao bloqueio.
Sheinbaum enfatizou que são os cidadãos da Ilha que sofrem com o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Washington há mais de seis décadas.
Segundo os dados mais recentes, essa política dos EUA contra a nação caribenha causou prejuízos estimados em US$ 7,556 bilhões entre março de 2024 e fevereiro deste ano, um aumento de 49% em comparação com o período anterior.
Considerado o principal obstáculo ao desenvolvimento de Cuba, o bloqueio resultou em prejuízos de quase US$ 300 milhões somente no setor da saúde em um ano. Já no setor elétrico, o impacto ultrapassou US$ 496 milhões devido às restrições à importação de combustível e peças de reposição.
Em 29 de outubro, Cuba obteve mais uma vitória na Assembleia Geral das Nações Unidas, conquistando 165 votos a favor da resolução que pede a cessação do bloqueio.
Fonte: Prensa Latina
