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Brasília, 5 de julho (RHC) O vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, disse hoje que, nos últimos 10 anos, as reuniões do BRICS se tornaram ator-chave na geopolítica global, já que o bloco é o motor da economia global.
Inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo BRICS foi recentemente expandido, e uma cúpula de dois dias de líderes dos 11 países-membros começa amanhã no Rio de Janeiro. "O BRICS é o motor da economia global. Representa mais de 40% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial e está crescendo bem acima da média mundial. Portanto, é promotor do desenvolvimento global", afirmou Alckmin durante o Fórum Empresarial do grupo, no Rio.
Enfatizou a importância do encontro para promover "oportunidades recíprocas de investimentos entre nossos países, fortalecer o comércio exterior e impulsionar a inovação para que possamos avançar ainda mais".
Outro objetivo do fórum é aumentar a participação das mulheres nas economias desses países.
Segundo Mónica Monteiro, presidente da Aliança Empresarial de Mulheres BRICS, apenas 15% das empresas que operam no mundo são lideradas por mulheres, e elas enfrentam obstáculos no acesso ao crédito.
«Para crescer, precisaremos de recursos. Para tê-los, precisamos de linhas voltadas para as mulheres. Porque quando se abre uma linha, as maiores empresas se dirigem a elas e já são lideradas por homens. Precisamos de metas claras para chegar a esse número", alertou Monteiro.
Um dos objetivos do encontro de sábado foi ampliar os negócios entre as 11 nações que compõem a aliança.
“Atualmente, o comércio intrabloco vive um crescimento significativo, pois, apesar da importância econômica individual de cada nação, o volume de comércio entre nós representa pouco comparado ao que comercializamos com o resto do mundo”, destacou Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria.
Para Francisco Neto, coordenador do Conselho Empresarial do BRICS (CEBRICS), é preciso ampliar o comércio e integrar a cadeia de fornecimento desses países.
Neto observou que as recomendações da Cebrics incluem "expandir rotas aéreas, especialmente para conectar cidades de pequeno e médio porte, melhorar o acesso a capital e financiamento sustentável e facilitar fluxos de investimentos internacionais".
Da mesma forma,acrescentou, modernizar a logística comercial e o comércio digital e fortalecer a cooperação com o novo banco de desenvolvimento para o financiamento de infraestruturas. (Fonte: Prensa Latina).