Havana, 6 de agosto (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, chamou a não baixar a guarda na luta contra a pandemia. Disse que nesta batalha pela vida, pela saúde e para enfrentar a situação econômica do país em meio à crise sanitária global é preciso não relaxar no comportamento nem na percepção de risco, e não deixar de aplicar as medidas orientadas para conter a transmissão.
Ao falar na reunião diária para examinar o que está sendo feito em Cuba nessa matéria, Díaz-Canel reiterou que está demonstrado que quando são cometidos descuidos e indisciplinas, logo aparecem focos da doença, e se referiu aos problemas surgidos nos últimos dias nas províncias de Havana e Artemisa, que obrigam a tomar medidas mais rígidas levando em conta que o Sars-Cov2 continua circulando e mais da metade dos casos positivos não mostravam sintomas na hora do teste.
“Se não controlarmos bem esta situação, se não voltarmos à situação que tínhamos mais favorável, estaremos comprometendo a vida e a saúde das pessoas. E por outro lado estaremos comprometendo coisas tão sérias como o início do ano letivo, sobretudo nas duas províncias que estão mais complicadas”, afirmou o mandatário. A previsão é retomar as aulas em setembro para concluir o curso anterior e logo depois começar o correspondente a 2020-2021.
Díaz-Canel destacou que além da questão sanitária está a afetação na economia cada vez que surge um novo foco, que significa internar os contagiados, colocar em centros de isolamento seus contatos e suspeitos, e organizar o abastecimento e outras ações nos lugares em que se impõe a quarentena.
“Em tudo isto temos de compartilhar a responsabilidade cidadã e a responsabilidade institucional com a percepção de risco, porque estamos numa batalha pela vida, pela saúde e para enfrentar a situação econômica do país nestas condições de pandemia”, sublinhou.
Nesta quinta-feira, o doutor Francisco Durán, diretor nacional de Epidemiologia do ministério da Saúde Pública, informou de 49 novos casos da Covid-19 no país, principalmente nas províncias de Havana e Artemisa. Seis deles foram “importados”, ou seja, viajantes que pegaram a doença no exterior. Não foram registraram óbitos nas últimas 24h.