Convocam em Bruxelas à criação de um tribunal contra o bloqueio a Cuba

Editado por Irene Fait
2023-07-17 10:41:53

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Bruxelas, 17 jul (RHC) Organizações jurídicas, sociais, sindicais e políticas europeias, latino-americanas e norte-americanas lançaram na segunda-feira, na Cúpula dos Povos Bruxelas-2023, a convocação para a criação de um Tribunal Internacional contra o Bloqueio a Cuba.

No primeiro dia do fórum de movimentos sociais e forças progressistas europeus, latino-americanos e caribenhos, a dirigente do Partido da Esquerda Europeia (PIE), Maite Mola, acompanhada por representantes de associações, leu a convocação do Tribunal que se realizará a 16 e 17 de novembro em Bruxelas.

De acordo com o chamamento, o Tribunal tem por objetivo denunciar o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos à Ilha há mais de seis décadas, política que qualifica de ilegal e desumana.

Pretende igualmente reforçar o movimento contra o bloqueio na Europa e nos Estados Unidos.

"Temos certeza de que esta ação servirá para acrescentar vozes à defesa dos direitos democráticos, da soberania e da liberdade dos povos", sublinha o texto, assinado pela Associação Internacional de Advogados Democráticos, pelo Grupo da Esquerda no Parlamento Europeu, pelo PIE e pelo National Lawyers Guild dos Estados Unidos.

A iniciativa foi também subscrita pelo Foro de Advogados e Advogadas de Esquerda-Rede de Advogados Democratas da Espanha, a Conferencia Nacional de Advogados de Estados Unidos, o Movimiento de Solidariedade com Cuba na Europa, organizações sindicais e associações de cubanos residentes no velho continente.

Os signatários denunciaram o caráter extraterritorial do bloqueio contra Cuba e a inclusão da Ilha na lista unilateral de Washington de países patrocinadores do terrorismo, que reforçam a violação do direito internacional da política norte-americana em relação à Ilha.

Em declarações à Prensa Latina, o eurodeputado Manu Pineda afirmou que o Parlamento Europeu será a sede do Tribunal Internacional contra o Bloqueio de Cuba.

Exigimos este cenário, esta instituição, que não pode estar ao serviço da reação, lembremos que a União Europeia rejeita formalmente o bloqueio e que todos os seus países membros votam todos os anos na Assembleia Geral da ONU para acabar com ele, sublinhou.

Pineda considerou necessário dar um tratamento jurídico "ao que é obviamente um crime, e um crime tem de ser julgado e condenado".

Em nome da Ilha, o presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), Fernando González, agradeceu a solidariedade e a decisão de organizar o Tribunal. (Fonte:PL)



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