Havana, 21 fevereiro (RHC) O governo cubano designou na terça-feira o presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular, Esteban Lazo, como enviado especial para esclarecer a situação de dois médicos sequestrados desde 2019 no Quênia.
Meios não oficiais publicaram recentemente informações sobre a suposta morte dos médicos cubanos Assel Herrera e Landy Rodríguez durante um bombardeio do exército dos EUA contra posições do grupo terrorista Al-Shabaab de origem somali, que os fez prisioneiros em abril de 2019.
De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores de Cuba (Minrex), Lazo se reunirá com as mais altas autoridades da nação africana, em busca de cooperação e esclarecimento da notícia não confirmada.
O Minrex especifica que desde que recebeu a mencionada notícia, o governo cubano está dando prioridade absoluta às diligências feitas por vários meios e diferentes atores internacionais para obter as informações mais objetivas sobre os fatos.
Detalha que, nesse contexto, desde domingo, 18 de fevereiro, além das negociações e da comunicação com o governo queniano, foram iniciados contatos oficiais com a Somália em busca de precisão sobre as operações militares relatadas por canais não oficiais.
Esses meios de comunicação citam o Comando Africano dos Estados Unidos (Africom), segundo o qual o fato ocorreu na noite de 15 de fevereiro, durante o mencionado bombardeio por drones norte-americanos na cidade de Dilib, na Somália.
Cuba, por meio do Ministério das Relações Exteriores, entrou em contato com o governo dos EUA pelos canais diplomáticos no domingo, 18 de fevereiro, em busca de um esclarecimento e ainda aguarda uma resposta, diz o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
A nota ressalta que até o momento não houve nenhuma declaração pública do governo dos EUA ou de suas forças armadas confirmando ou negando as notícias envolvendo nossos cooperantes da área de saúde.
Da mesma forma, as circunstâncias e as características da operação militar que a porta-voz da Africom confirma ter ocorrido são desconhecidas, bem como se essa (operação) foi justificada e se foi realizada com o cuidado obrigatório de evitar danos colaterais, proteger civis e inocentes e com o devido respeito ao direito internacional humanitário, adverte o Minrex.
Tais ações são uma questão sobre a qual as organizações internacionais expressaram sérias preocupações no passado, conclui a nota. (Fonte: Prensa Latina)