Casa TodosInternacional25ª Cúpula ALBA-TCP: “ALBA continuará sendo espaço essencial para a solidariedade e a resistência digna”

25ª Cúpula ALBA-TCP: “ALBA continuará sendo espaço essencial para a solidariedade e a resistência digna”

por Irene Fait

Por: Angélica Paredes López

Havana – Dedicada ao centenário do Comandante-em-Chefe Fidel Castro e em tempos de enormes desafios e riscos impostos pelas ameaças imperialistas, a 25ª Cúpula de chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) ocorreu em formato virtual no domingo, na Venezuela.

Do Palácio da Revolução, em Havana, participou do encontro o presidente da República, Miguel Díaz-Canel. Também estiveram presentes o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez; Emilio Lozada García, chefe do Departamento de Relações Internacionais do Comitê Central do Partido Comunista; e representantes do ministério das Relações Exteriores.

Em Caracas, no Palácio de Miraflores, o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, abriu a sessão que coincidiu com o 21º aniversário de criação deste bloco integracionista, fundado por Fidel Castro e Hugo Chávez em 14 de dezembro de 2004.

O presidente venezuelano dedicou seu discurso de abertura aos dois Comandantes, gigantes da Pátria Grande: “Há vinte e um anos, nasceu a ALBA, criada por dois gigantes imortais, eternos e vivos entre nós, Fidel Castro e Hugo Rafael Chávez, guerreiros, Comandantes, exemplos permanentes de resistência otimista e vitoriosa, que superaram todas as dificuldades em cada etapa e nos deixaram o caminho aqui, para trilhá-lo com nossos povos.”

Maduro falou na defesa da paz e do direito de nossos países ao desenvolvimento econômico e social; e a necessidade de que os passos que a ALBA continua dando se traduzam em resultados concretos que beneficiem seus povos.

O chefe de Estado venezuelano expressou sua gratidão pela inabalável solidariedade de Cuba, apesar das difíceis circunstâncias que enfrenta, e, em nome de seu país, reafirmou a postura digna e corajosa da Venezuela bolivariana diante do assédio e da perseguição imperialistas.

“As dinâmicas devem ser voltadas para a unidade: a união interna de nossos países, a união de nossas vanguardas; as dinâmicas devem ser voltadas para a unidade de nossos povos, para sua articulação; as dinâmicas devem ser a unidade pela emancipação.”

Nicolás Maduro enviou calorosas saudações ao general de exército Raúl Castro Ruz, líder da Revolução Cubana, que, segundo ele, carrega junto ao povo, a força de Fidel, disse.

Em seguida, o chefe de Estado venezuelano passou a palavra ao presidente Díaz-Canel, o primeiro orador do dia, representando, como enfatizou Maduro, “a Cuba da resistência, da rebeldia e do amor”.

O presidente cubano observou que “21 anos se passaram desde o nascimento desta Aliança, liderada pelo Comandante-em-Chefe Fidel Castro e pelo Comandante Hugo Chávez; dois gigantes que dedicaram suas vidas a dar continuidade ao trabalho iniciado por Bolívar e Martí, em prol da verdadeira integração dos povos da Nossa América”.

Lembrou que “recentemente, como expressão dessas convicções e princípios, completaram-se 20 anos desde que, em Mar del Plata, nossos povos sepultaram a ALCA, uma abominação que buscava subjugar e arrastar nossas nações para uma nova etapa de colonização”.

Díaz-Canel advertiu que “hoje, a história nos convoca a nos tornar, sem demora, os coveiros da agressão militar, política e econômica dos EUA que paira sobre toda a América Latina e o Caribe, inspirados por exemplos como o de Hugo Chávez, cujo legado nos lembra que, apesar das circunstâncias hostis, a vitória é possível”. Sua luta e seu compromisso nos guiam, como um raio de luz que ilumina a noite mais escura.

“A América Latina e o Caribe não são um quintal; somos Estados soberanos”, afirmou o presidente cubano. E condenou “o ostentoso, exagerado e injustificado destacamento naval das forças dos Estados Unidos no Mar do Caribe e a ameaça deliberada de agressão militar contra a nação bolivariana”.

“Lembrar e honrar o Comandante-em-Chefe na construção deste novo modelo de Aliança, baseado na solidariedade, cooperação, complementaridade e justiça social, às vésperas do centenário de seu nascimento, é um compromisso com seu legado e uma das maiores homenagens que a família ALBA pode prestar a um estadista universal como Fidel.”

Da mesma forma, afirmou que “a ALBA reunida aqui hoje é uma demonstração de fidelidade a esses princípios, aos seus fundadores, Fidel e Chávez, e aos seus inspiradores, Bolívar e Martí”.

O presidente cubano ressaltou que “as ambições imperialistas dos nossos inimigos não conseguirão minar a unidade dos nossos povos, nem quebrar, com as suas ameaças e agressões, a nossa vontade de lutar ou a nossa fé na vitória”.

ALBA continuará sendo um espaço essencial de solidariedade e resistência digna contra campanhas desestabilizadoras, táticas de pressão e todas as formas de agressão.

Fiéis aos ideais de Bolívar, Martí, Fidel e Chávez, forjados ao longo de mais de 200 anos, continuaremos lutando por um objetivo comum: a unidade, a paz e a soberania de nossos povos.

ALBA CONTINUA AVANÇANDO

Da Nicarágua, o Copresidente Comandante Daniel Ortega Saavedra discursou, convocando um esforço conjunto para defender a soberania dos povos da América Latina e do Caribe.

“A América Latina e o Caribe se declararam Zona de Paz; nós decidimos isso e estamos agindo de acordo. Apesar de quaisquer contradições ou diferenças que possam existir, estamos avançando e superando agressões, bloqueios, sanções e ameaças de todos os tipos”, enfatizou o líder nicaraguense.

“Nosso principal objetivo continua sendo a paz; somos defensores da paz.” Sandino lutou pela paz; nós queremos a paz. Houve um eixo fundamental que contribuiu para o fortalecimento da resistência e da luta dos povos latino-americanos, estabelecido por nosso irmão mais velho, o Comandante Fidel Castro, e por nosso irmão, o Comandante Hugo Rafael Chávez.”

O Comandante Ortega enfatizou que “eles conseguiram que se desse um salto na defesa dos direitos e da identidade dos povos de Nossa América, e o primeiro grande passo foi a criação da ALBA. Apesar de todos os altos e baixos, apesar de todas as ameaças, apesar de todas as sanções, a ALBA continua viva, a ALBA segue em frente.”

Na sequência, Roosevelt Skerrit, primeiro-ministro da Comunidade da Dominica, também apelou à unidade e à solidariedade entre os países que compõem este bloco de integração.

As nove nações da ALBA-TCP estiveram representadas nesta Cúpula. O primeiro-ministro de Santa Lúcia também participou no evento, assim como os ministros das Relações Exteriores de Antígua e Barbuda, São Cristóvão e Névis, Granada e São Vicente e Granadinas.

ALBA APOSTA NA SOLIDARIEDADE

Num contexto de crescentes ameaças à paz e à estabilidade na América Latina e No Caribe, a 25ª Cúpula de chefes de Estado e de Governo da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) aprovou uma declaração final, lida pelo presidente Nicolás Maduro, na qual os membros do mecanismo, por iniciativa do presidente venezuelano, concordaram em criar a “Missão Internacional Especial de Energia e Eletricidade em apoio ao povo de Cuba”. Este acordo constitui mais uma demonstração da essência da Aliança: a solidariedade e a cooperação entre nações irmãs em primeiro lugar.

O texto final reconhece o progresso de programas como AGROALBA e ALBA AZUL, que visam aumentar os níveis de soberania alimentar e produtiva dos povos; bem como o início das operações do navio Manuel Gual (Navio ALBA), como parte da implementação da Agenda Estratégica 2030, e uma ferramenta fundamental para a cooperação e a promoção do comércio justo.

A declaração aprovada na Cúpula reafirma o compromisso inabalável de continuar aprofundando a Doutrina Bolivariana, pensamento e ação incompatível com todas as formas de hegemonia, dominação ou tutela imperial, que constitui o pilar fundamental que inspirou os Comandantes Fidel Castro e Hugo Chávez a fundar esta Aliança há 21 anos, como expressão do projeto histórico profundamente humanista e anti-imperialista que une nossos povos.

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