Casa TodosNacionalAbordando as arboviroses sob perspectiva científica

Abordando as arboviroses sob perspectiva científica

por Irene Fait
Enfrentar las arbovirosis desde las ciencias

Com foco no comportamento das arboviroses no país, ocorreu o mais recente encontro de especialistas e cientistas, presidido pelo chefe de Estado Miguel Díaz-Canel.

O encontro semanal no Palácio da Revolução, conduzido pelo ministro da Saúde Pública, Dr. José Ángel Portal Miranda, apresentou os resultados preliminares de um estudo clínico sobre a segurança e o efeito terapêutico da administração subcutânea de Jusvinza em pacientes na fase pós-aguda após infecção pelo vírus chikungunya.

Em Havana, um dos lugares onde a pesquisa está sendo conduzida,  começou em 2 de dezembro, comenta o Dr. Julio Baldomero Hernández, Diretor de Pesquisa Clínica do CIGB (Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia).

“Dois estudos clínicos estão sendo realizados simultaneamente.” “Em Havana, o estudo se realiza na fase pós-aguda da doença, onde estamos avaliando a segurança e o efeito terapêutico do Juzvinza em pacientes com sintomas articulares após a infecção por chikungunya”, afirmou o pesquisador.

Até o momento, foram incluídos todos os 174 pacientes previstos. “O estudo está progredindo bem, com boa adesão ao protocolo e boa aceitação por parte dos pacientes. Um perfil de segurança comprovado também foi demonstrado com o uso do medicamento”, acrescentou o Dr. Julio Baldomero.

Enfatizou que “em Matanzas, incluímos 120 pacientes na fase crônica da doença. Lá também foi observado um bom perfil de segurança; a aplicação do medicamento tem sido segura”. E na próxima semana, avaliaremos os resultados clínicos da doença.

Os objetivos do estudo são bem definidos: no caso de Havana, avaliar a segurança e o efeito terapêutico da aplicação subcutânea de Juzvinza em pacientes com artrite viral pós-chikungunya.

Na fase pós-aguda, temos dois objetivos principais. Um dos objetivos é avaliar o efeito terapêutico, ou seja, a melhora clínica do comprometimento articular, dos sintomas de inflamação e dor nas articulações, e avaliar a possibilidade de que esse efeito terapêutico seja duradouro e que o paciente não evolua para a forma crônica da doença. Esse é o foco do estudo que estamos conduzindo aqui em Havana, na fase pós-aguda da doença.

Segundo o pesquisador, em relação a Matanzas, em pacientes que têm a doença há mais de três meses, o que é considerado o estágio crônico, o objetivo é avaliar a segurança e o efeito terapêutico. Como o produto impacta a resolução ou melhora desses sintomas clínicos.

Conduzimos o estudo com base nas evidências científicas que temos sobre o uso do medicamento, pois Juzvinza é um fármaco que passou por desenvolvimento clínico para artrite reumatoide, no qual foram demonstrados resultados muito relevantes, tanto em termos de segurança quanto de eficácia.

Ao discutir o caso da Chikungunya,  considerou que “também existem sintomas de artrite, mas trata-se de artrite pós-viral, daí a necessidade de realizar estudos clínicos. Nas próximas semanas, teremos resultados preliminares e apresentaremos os resultados finais posteriormente.”

A Diretora de Ciência e Inovação Tecnológica do Ministério da Saúde Pública, Ileana Morales, enfatizou a importância das lições aprendidas pelos nossos cientistas durante a pandemia da COVID-19.

Embora estejamos na fase epidêmica, ao final da 50ª semana deste ano, observou-se uma diminuição nos casos notificados em todo o país, com 130 municípios confirmando a presença de chikungunya, segundo a vice-ministra da Saúde Pública, Dra. Carilda Peña García.

Especialistas em saúde concordam que há uma tendência de maior controle da doença em nível nacional, embora, de acordo com modelos matemáticos para interpretar o comportamento dessa doença, revelados pelo Dr. Raúl Ginovart, as províncias do leste, especialmente Las Tunas e Holguín, sejam atualmente as mais suscetíveis a um aumento nos casos de chikungunya.

No caso da dengue, sete províncias têm taxas superiores à média nacional.

Por: Demetrio Villaurrutia Zulueta

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