O 11º Plenário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, realizado por videoconferência em 13 de dezembro, adotou resoluções importantes em resposta à desafiadora conjuntura econômica, política e social que o país enfrenta, em meio a um bloqueio intensificado e permanente guerra midiática.
Uma das decisões mais significativas do encontro foi o adiamento do 9º Congresso da organização política atendendo a uma proposta do general de Exército Raúl Castro Ruz, líder da Revolução Cubana, divulgada ao Plenário pelo primeiro secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel.
Em sua carta, o general de Exército enfatizou o princípio de sempre agir no melhor interesse da Revolução e defendeu a conveniência de adiar o 9º Congresso — agendado para abril do próximo ano — para uma data posterior, e consagrar a partir de agora todos os recursos do país, o esforço e a energia de seus quadros à resolução dos problemas atuais, bem como dedicar 2026 para nossa recuperação tudo que for possível.
Ao adotar esta decisão necessária e oportuna, os membros do Comitê Central reafirmaram a importância de unir forças para o desenvolvimento da nação e criar as condições para um Congresso melhor e mais frutífero, cabendo ao Partido a responsabilidade de guiar o povo, estar ao seu lado e mobilizá-lo para produzir, desenvolver e alcançar resultados que, no menor tempo possível, impactem positivamente as condições de vida da população e forneçam um sólido suporte ao progresso social alcançado.
Nessa direção, é essencial, no futuro imediato, enriquecer e aprimorar o Programa de Governo para corrigir distorções e revitalizar a economia, bem como avançar na implementação das medidas econômicas aprovadas; garantir que o orçamento do próximo ano responda às prioridades do povo e à defesa da Revolução, bem como fortalecer o apoio à províncias afetadas por desastres naturais, não deixando ninguém sem assistência.
Será também imprescindível promover a participação ativa da juventude em todas as esferas da vida nacional e intensificar a luta ideológica, cultural e de comunicação, defendendo a verdade sobre Cuba contra a manipulação e a desinformação.
Estas prioridades de trabalho, delineadas pelo primeiro secretário no encerramento do 11º Plenário, contribuem diretamente para a unidade. Devem ser focadas com maior dinamismo a partir de agora, numa perspetiva crítica e autocrítica, em consonância com os tempos complexos em que vivemos, sempre consolidando a participação popular.
Concentrar-nos nestas prioridades permitirá obter resultados tangíveis, banindo qualquer vestígio de inércia, burocratismo ou mentalidade pessimista. Pede-se ação: produzir mais, gerar receitas, multiplicar experiências positivas e aproveitar todas as oportunidades para o nosso desenvolvimento.
À medida que nos aproximamos de 2026, ano em que celebraremos o centenário de Fidel Castro, avancemos para travar esta batalha econômica e ideológica, confiantes de que, se trabalharmos bem e com maior união, estaremos contribuindo para uma Cuba melhor. Será a mais digna homenagem ao nosso líder histórico.
O 11º Plenário reafirmou que é possível, sim, podemos nos emancipar com os nossos próprios esforços. É possível dar o salto necessário, mas isso depende de dedicação e empenho diários, como demonstraram aqueles que, após a passagem do furacão Melissa, se dedicaram de corpo e alma aos esforços de recuperação nas províncias do leste.
Temos um povo heróico, forjado na luta Mambí e rebelde, que faz de cada dia de resistência criativa uma vitória e não cede a bloqueios ou ameaças imperialistas. Um povo que confia em sua vanguarda política, o Partido Comunista, e permanece fiel aos ensinamentos de Fidel e Raúl.
A poucos dias do 67º aniversário do triunfo da Revolução, o povo cubano faz suas as palavras do primeiro secretário do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel, no encerramento do 11º Plenário do Comitê Central: “O revolucionário é levantar-nos a cada dia prontos para enfrentar energicamente a apatia e a afronta, a agressão externa e as complexas situações que assolam as economias de países como o nosso, que foram despojados de seus recursos e direitos mais de uma vez, e o bloqueio especificamente concebido para punir a Cuba rebelde por sua ousada reivindicação de permanecer livre, independente e soberana a poucos quilômetros do império.”
Fonte: Jornal Granma
