Em 2025, a ciência e a tecnologia consolidam uma mudança estrutural rumo à descarbonização, à inteligência artificial avançada e à medicina de precisão, com efeitos diretos na economia e na vida cotidiana.
Diversas revistas e centros de pesquisa concordam em que a ascensão “imparável” das energias renováveis, a integração de modelos de IA na área da saúde e a maturação gradual da computação quântica são fatores-chave que redefinem a agenda global.
Esses avanços são complementados por um impulso renovado para a exploração espacial e infraestrutura científica em larga escala, expandindo nossa compreensão do universo e do nosso planeta.
No setor de energia, 2025 marca um ponto de virada: a geração de energia solar e eólica, apoiada por melhorias substanciais no armazenamento e nas redes inteligentes, deixa de ser um complemento e se torna a espinha dorsal do sistema elétrico em muitas regiões.
Esse crescimento se traduz em investimentos recordes, uma redução progressiva na dependência de combustíveis fósseis e novas oportunidades industriais, mas também apresenta desafios regulatórios e de infraestrutura que exigem planejamento de longo prazo.
Em paralelo, a ciência climática se beneficia de modelos numéricos mais poderosos, que combinam grandes bancos de dados observacionais com algoritmos de IA para aprimorar as projeções e o gerenciamento de riscos associados a eventos extremos.
A inteligência artificial atinge um nível de maturidade em 2025 que permite sua profunda integração à pesquisa biomédica, ao diagnóstico clínico e à descoberta de medicamentos. Plataformas de IA especializadas em genômica aceleram a interpretação de variantes genéticas e reduzem o tempo entre o sequenciamento e o diagnóstico de doenças raras, fortalecendo o paradigma da medicina de precisão.
Ao mesmo tempo, a convergência entre IA e computação quântica começa a sair do âmbito teórico e se tornar projetos-piloto concretos, nos quais algoritmos quânticos assistidos por IA exploram espaços de design para moléculas e terapias em escalas de tempo antes inimagináveis.
Na medicina, 2025 também se destaca pelo aprimoramento de terapias direcionadas e pela expansão do uso de medicamentos à base de GLP-1, que foram inicialmente utilizados para diabetes e obesidade, mas demonstram benefícios cardiovasculares significativos, reduzindo as hospitalizações por insuficiência cardíaca.
A isso se somam os avanços na edição genética e nas plataformas de vacinas de nova geração, que ampliam o arsenal contra doenças infecciosas e certos tipos de câncer, mas abrem debates éticos e de acesso equitativo que ainda estão longe de serem resolvidos.
A combinação de biotecnologia, big data e IA reforça uma tendência em direção a sistemas de saúde mais preditivos e personalizados, porém mais dependentes de infraestruturas tecnológicas complexas.
O ano 2025 se caracterizou por um impulso renovado para a exploração espacial e grandes infraestruturas científicas.
A NASA e outras agências espaciais estão comemorando 25 anos de presença humana contínua na Estação Espacial Internacional e estão progredindo nos preparativos para as missões Artemis e outros programas que buscam consolidar a presença humana na Lua como passo prévio a Marte.
Telescópios como o Nancy Grace Roman e o Observatório Vera Rubin estão avançando em direção a operações científicas que prometem mapas cosmológicos sem precedentes, melhores censos de exoplanetas e dados importantes sobre energia escura, reforçando a ideia de que a exploração espacial continua sendo um motor essencial da inovação tecnológica e da cooperação internacional.
Por Pedro Manuel Otero
