O primeiro-ministro palestino, Mohammad Mustafa, acusou Israel de tentar manter a separação política entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia para impedir que haja um Estado nacional.
“Quando surgiu a oportunidade de reunificar Gaza com a Cisjordânia sob a liderança da Autoridade Nacional Palestina (ANP), eles (os israelenses) começaram a criar obstáculos, com a guerra e a destruição” no enclave costeiro, denunciou Mustafa em entrevista ao jornal internacional em língua árabe Asharq Al-Awsat.
O dirigente palestino defendeu mais uma vez o direito da ANP de governar a Faixa, devastada após dois anos de agressão militar israelense com o objetivo declarado de destruir o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que está no poder desde 2007.
Sobre o futuro de Gaza, após o cessar-fogo alcançado neste mês, defendeu um papel central para a Autoridade na gestão dos assuntos do território, incluindo governança, segurança e serviços.
E observou que esse é um direito garantido pela Lei Fundamental Palestina, a Lei Constitucional, os Acordos de Oslo e diversas resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
No entanto, não se opôs a receber “assistência de partes internacionais e árabes amigas da Autoridade Nacional Palestina e do Governo nesta missão”. Mustafa enfatizou que o Governo apoiou o acordo que levou ao cessar-fogo em Gaza porque ajudou a aliviar o sofrimento e a dor de mais de dois milhões de pessoas que vivem lá.
Da mesma forma, se comprometeu a colaborar com todos os parceiros regionais e internacionais para manter a trégua e trabalhar em prol do estabelecimento de um Estado Palestino independente e soberano.
(Fonte: Prensa Latina)
