Cuba comemorou no domingo o 65º aniversário de fundação dos Comitês de Defesa da Revolução (CDR), a maior organização de massa do país, que reúne milhões de pessoas.
Desde sua criação em 28 de setembro de 1960, por iniciativa do líder histórico da Revolução, Fidel Castro Ruz, os CDR mantiveram viva sua essência revolucionária, adaptando-se às novas realidades sociais e políticas do país. Nascidos em meio a um período de tensão e ameaças contrarrevolucionárias, os CDR surgiram em ato de massas em frente ao Palácio da Revolução, onde Fidel Castro anunciou a criação de “um sistema de vigilância revolucionária coletiva”.
Naquela noite, apesar da explosão de um rojão plantado para intimidar pelos inimigos da Revolução, quase um milhão de havaneses responderam com firmeza: cantaram o Hino Nacional e reafirmaram seu compromisso com o processo revolucionário. “Estão brincando com o povo e ainda não sabem quem é o povo”, proclamou o Comandante-em-Chefe.
Em seus primeiros meses, a organização de massas desempenhou um papel fundamental no desmantelamento de células contrarrevolucionárias que serviam a interesses estrangeiros. Com o tempo, seu trabalho evoluiu para a vigilância e se tornou uma ferramenta eficaz para a mobilização em defesa da independência e da soberania nacional.
Sua influência social os colocou na vanguarda dos múltiplos desafios da Revolução, em bairros, quarteirões e comunidades, trabalhando em estreita colaboração com instituições como os Ministérios da Saúde Pública e da Educação para promover programas nacionais.
Ao longo de seis décadas e meia, os CDR estiveram presentes nos momentos mais críticos e festivos do país. Durante a pandemia de COVID-19, seus membros foram essenciais na implementação de medidas de saúde, campanhas de vacinação e no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Da mesma forma, lideraram iniciativas de doação de sangue, recuperação de áreas afetadas pelo furacão, limpeza comunitária e apoio à produção agrícola e pecuária.
Além disso, desempenharam um papel de destaque em processos de participação cidadã, como a consulta popular que antecedeu a aprovação da Constituição de 2019 e a campanha pelo Referendo do Código das Famílias. Em ambos os casos, os CDRs facilitaram o debate e a disseminação dos textos legais em todos os cantos do país.
Nestes dias de homenagem e celebração, a organização oferece um espaço de unidade, patriotismo e compromisso social, ao mesmo tempo em que busca responder às necessidades da sociedade cubana.
Fonte: Prensa Latina.
