O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, destacou na quinta-feira os avanços na implementação do programa governamental de revitalização da economia, embora tenha reconhecido a persistência de desafios em setores estratégicos como o turismo e a agricultura.
Falando no 6º Período Ordinário de sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular (Parlamento), Marrero informou que, no âmbito do Objetivo Geral 2, foi aprovada uma política de incentivo à exportação de serviços informáticos.
Essa medida autoriza esquemas de autofinanciamento em moeda estrangeira para empresas de software selecionadas, como parte do esforço para impulsionar as exportações no setor de conhecimento.
Da mesma forma, observou que novas decisões foram adotadas para estimular o investimento estrangeiro direto, com o objetivo de expandir a capacidade produtiva e simplificar os procedimentos.
O primeiro-ministro detalhou que cinco diretrizes de negociação para projetos imobiliários já foram aprovadas, assim como as normas legais que regem o comércio eletrônico com pagamentos do exterior.
Outro passo importante, disse, é a segunda fase da reorganização das entidades estatais autorizadas a gerir o comércio exterior para as Formações do Grupo Empresarial Exportador (FGNE), um processo que reduziu o seu número para 52.
Não obstante os avanços, Marrero reconheceu que até o final de 2025, se prevê cumprimento de 73% das receitas em moeda estrangeira e de 85% em exportações totais.
Um fator determinante nessa diferença é o desempenho do setor de turismo, que deve atingir 75,8% do plano de exportação (US$ 917 milhões 417 mil) e 73,1% da meta de visitantes (1,9 milhão).
“Este setor atravessa uma situação complicada influenciado tanto por desafios internos quanto por campanhas inimigas hostis contra o mesmo”, enfatizou.
O primeiro-ministro considerou que as políticas e os incentivos aprovados constituem “uma base sólida para melhorar as receitas em moeda estrangeira, impulsionar as exportações, atrair investimentos e fortalecer a integração internacional do país no próximo período”.
Em relação ao Objetivo 3 do programa, Marrero destacou que a produção agrícola dá sinais de recuperação, mas está longe de atender às necessidades da população.
Destacou, no entanto, o crescimento da agricultura urbana, suburbana e familiar, com a incorporação de mais de 30.000 novos quintais e parcelas, elevando a disponibilidade para 29 metros quadrados por habitante.
Ele especificou que, embora haja progresso no plantio de lavouras, na organização de contratos e no fortalecimento das cadeias de suprimentos, ainda existem potenciais inexplorados.
Em seu discurso, o primeiro-ministro explicou que a tendência de redução do déficit fiscal continua e a conta corrente projeta superávit.
Detalhou que se consolidam tanto a tendência de maior disciplina no orçamento do Estado quanto as medidas de controle fiscal.
Fonte: Prensa Latina
