Cuba recebeu manifestações de solidariedade em Nova York, onde uma delegação da Ilha participa do Segmento de Alto Nível da 80ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
O ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, e sua delegação foram recebidos com aplausos e gritos de “Cuba Sim, Bloqueio Não!” em um teatro no coração de Manhattan.
Ao subir ao palco, o ministro das Relações Exteriores agradeceu a permanente solidariedade do povo dos Estados Unidos ao seu país. E informou aos presentes das ideias expressas em seu discurso na sessão plenária da Assembleia Geral, no sábado. Rodríguez reiterou seu apoio à justa causa do povo palestino, pediu o fim do genocídio israelense em Gaza e, após listar seus argumentos, repetiu “Palestina Livre!” três vezes.
Da mesma forma, comentou sobre os efeitos do bloqueio imposto a Cuba por sucessivos governos norte-americanos por mais de seis décadas, bem como a inclusão ilegal, arbitrária e injusta da Ilha na lista de supostos patrocinadores do terrorismo.
E detalhou a feroz campanha de propaganda para desacreditar a cooperação médica cubana, a qual descreveu como uma “imensa expressão de solidariedade”.
“Trata-se de uma campanha baseada em mentiras, calúnias e difamações, caracterizada por pressão política, intimidação e coerção contra os países receptores”, afirmou.
A cooperação cubana, enfatizou o chanceler, é absolutamente legítima e inteiramente coerente com as missões de cooperação realizadas pela ONU.
“Alguém acredita que recuaremos diante da pressão e abandonaremos nossos compromissos internacionais?”, questionou o chanceler cubano.
“Qualquer pessoa que conheça Cuba entende que não nos deixamos intimidar”, observou, confirmando “categoricamente que Cuba manterá seus compromissos com todos e cada um dos países com os quais temos acordos bilaterais de cooperação médica”.
Estamos preparados para enfrentar todas as ameaças e calúnias sem vacilar em nosso dever de solidariedade”, afirmou o ministro. Atualmente, 24.000 profissionais cubanos prestam serviços médicos em 56 países. E continuaremos dispostos a expandir nossa cooperação com qualquer país que queira se envolver conosco em benefício de seu povo, afirmou Rodríguez.
Por sua vez, Manolo de los Santos, diretor executivo da organização The People’s Fórum (coordenadora do evento), declarou: “Peço que saiam com a promessa renovada de que lutaremos contra o bloqueio aqui no ventre da besta, que aqui no coração do império desmascararemos as mentiras de (Donald) Trump e (Marco) Rubio.”
O ativista afirmou que o bloqueio visa “causar o máximo de dor e sofrimento a todo o povo cubano” e observou que ” cinicamente colocam Cuba em uma lista que nunca deveria ter existido e à qual Cuba nunca pertenceu: a chamada lista de Estados patrocinadores do terrorismo”.
Os Estados Unidos, enfatizou, ironicamente chamam todo esse esquema de política, mas sabemos o que é. O povo cubano sabe o que é. “É uma guerra econômica para destruí-los”, afirmou.
Após listar os impactos do cerco unilateral do governo dos EUA contra Cuba, De los Santos perguntou: “O que é tudo isso senão um ato calculado de crueldade e punição coletiva?”
Um excelente momento cultural foi oferecido na noite de solidariedade pelo Kindred Business (grupo formado por Jaylen Strong, Samuel Ogoe Jr. e Syl DuBenion) e Desiree Jaha, que cantou uma versão emocionante de “Guantanamera”, melodia mundialmente famosa de Joseíto Fernández, figura emblemática da música popular cubana.
Fonte: Prensa Latina.