Crescem possibilidades de pacientes norte-americanos terem acesso aos avanços da biotecnologia cubana

Editado por Martha C. Moya
2016-11-01 16:16:06

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Os avanços da biotecnologia cubana são mundialmente conhecidos e reconhecidos. Deram ao mundo produtos como HEBERPROT-P que vem beneficiando mais de 55 mil cubanos e tem licença para ser aplicado em 23 nações.

Vale destacar, também, a vacina contra o câncer de pulmão CIMAVAX, que estimula o sistema imunológico para atacar as proteínas causantes de tumores no pulmão e evitar, assim, que se espalhem por outras partes do corpo.

Este medicamento possibilitou elevar a qualidade de vida dos doentes e prolongar sua sobrevivência. Seus resultados chamaram a atenção de especialistas de outras nações, que manifestaram interesse no medicamento cubano.

“Os resultados mostram que a vida se prolonga, especialmente em pacientes menores de 60 anos, com uma sobrevivência média de 18,53 meses nos vacinados com relação aos 7,55 meses para os que não foram vacinados”, realçou o doutor Kelvin Lee, diretor do departamento de Imunologia do Instituto Roswell Park, na cidade norte-americana de Nova York.

Durante o 12o Workshop Internacional Imunoterapia 2016, realizado recentemente em Havana, o doutor Lee disse sentir-se impressionado com os avanços cubanos nesse ramo.

Este é um país maravilhoso, a ciência aqui desenvolvida é tão inovadora e revolucionária quanto em qualquer potência econômica no mundo, afirmou o pesquisador norte-americano.

Os pacientes norte-americanos, portanto, poderiam se beneficiar do produto cubano, porquanto o instituto especializado em câncer de Nova York recebeu luz verde da Administração de Alimentos e Medicamentos para realizar testes clínicos com a inovadora vacina desenvolvida em Cuba.

De 60 a 90 pacientes participarão desses ensaios clínicos, os primeiros de seu tipo desde que os Estados Unidos e Cuba iniciaram o processo de aproximação em dezembro de 2014.

Recentemente, ambos os países assinaram em Havana um memorando de entendimento entre o Ministério da Saúde Pública de Cuba e o Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos com o objetivo de implementar projetos de cooperação, organizar reuniões, conferências e oficinas, e fomentar a troca de informação e de boas práticas, bem assim estimular a pesquisa na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer.

O ministro cubano da Saúde, doutor Roberto Morales Ojeda, afirmou que a experiência de parceria que começa com o memorando vai propiciar um intercâmbio frutífero, porque os dois países contam com capacidade provada para desenvolver pesquisas básicas e aplicadas.

O documento foi assinado no âmbito da visita que realizara a Havana a Secretária do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Sílvia Burwell, que participou da Reunião Regional para a Estratégia de Vigilância e Controle das arboviroses.

A cooperação seria muito útil para os povos das duas nações, mas não podemos deixar de levar em conta as limitações que persistem nas relações entre estes países e que impedem a execução total das ações de parceria. Estamos falando concreta e principalmente do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba.

 



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