Começa campanha eleitoral na Bolívia

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-09-09 10:26:10

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Por Maria Josefina Arce

A campanha das eleições gerais previstas em outubro, na Bolívia, começou em meio a constantes violações dos direitos humanos, má gestão econômica, péssima resposta ante a Covid-19 e um novo escândalo das autoridades golpistas.

Este será um pleito eleitoral totalmente diferente, não só devido às restrições impostas pela pandemia, mas também à violência política reinante no país desde o golpe de Estado de novembro do ano passado contra o presidente constitucional Evo Morales.

A perseguição contra funcionários e simpatizantes do partido MAS  - Movimento ao Socialismo – caracteriza o governo golpista em suas pretensões de ficar no poder, tanto assim que foi denunciada por várias organizações internacionais. Em agosto passado, o Escritório da Alta Comissária da ONU para os diretos humanos publicou relatório que documenta violações nesse âmbito, desde assassinatos, torturas, até maus-tratos e detenções arbitrárias.

O Centro de Estudos Legais e Sociais, o Centro Europa -Terceiro Mundo, e a Associação Pró Direitos Humanos da Bolívia endossaram a denúncia da agência da ONU.

As manobras dos golpistas não conseguiram impedir que tais arbitrariedades vazassem. Por exemplo, soube-se que as autoridades governamentais tinham contratado com dinheiro do Estado os serviços de uma empresa norte-americana para dar uma imagem positiva de sua gestão.

As informações revelam que Facebook eliminou 133 sites falsos criados nos Estados Unidos para apoiar a ilegal presidente Jeanine Añez.

Porém, Añez não consegue apagar nem assim a péssima opinião da maioria dos bolivianos de seu governo. Apenas 10 por cento apoiam a presidente e também candidata, que se mantém no poder à força.

Já o candidato do MAS, Luis Arce, continua marcando a preferência do eleitorado, segundo as pesquisas de opinião.

Pois bem, este é o panorama na Bolívia às vésperas das eleições de outubro, nas que está em jogo o futuro da nação sul-americana, que vive, hoje, uma difícil situação econômica, sanitária, social e política.



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