Democracia na América Latina recebe outro golpe

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-09-10 21:59:10

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Evo Morales y Rafael Correa, víctimas de la judicialización de la política.

Por Maria Josefina Arce

América Latina é testemunha, hoje, de perseguições judiciais contra líderes progressistas, uma das táticas da direita para se estabelecer no poder em diferentes países da região, com a aquiescência dos Estados Unidos.

Tais perseguições se baseiam em falsas acusações, com provas e testemunhas sem crédito, que os grandes meios de comunicação se encarregam de propagar.

A corrupção é o delito escolhido pelos mais reacionários da América Latina para acusar ex-dirigentes, eliminá-los do cenário político e impedir que possam se candidatar às eleições.

Ex-Presidentes que contam com aprovação popular no Brasil, Argentina, Bolívia e Equador foram e são alvos desses ataques, os quais não se sustentam juridicamente e são totalmente parciais.

Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, do Brasil, e Cristina Fernandez de Kirchner, da Argentina foram vítimas dessas acusações tramadas pela direita.

Faz alguns meses, e levando em conta a proximidade das eleições gerais na Bolívia e no Equador, os ex-presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador Rafael Correa, viram endurecer as ações e campanhas de difamação contra eles.

No Equador, acaba de ser confirmada sentença de oito anos de cadeia contra Rafael Correa no caso Suborno, o que o inabilita pelo resto da vida para ocupar qualquer cargo político.

A confirmação da sentença em tempo recorde, como denunciou Correa, é o que a direita esperava ansiosamente, porquanto o ex-presidente tencionava se apresentar como candidato à vice-presidência nos pleitos de fevereiro de 2021.

A situação não é melhor na Bolívia, onde as autoridades golpistas arrumaram as coisas de tal jeito que Morales também não possa voltar ao cenário político do país, onde conta com inúmeros simpatizantes por suas políticas em benefício dos pobres.

Um Tribunal Constitucional de La Paz determinou que Evo Morales não pudesse se candidatar a senador pelo departamento de Cochabamba pelo partido MAS – Movimento ao Socialismo – nas eleições do próximo dia 18 de outubro.

Para a direita, Correa e Morales representam uma ameaça para suas ânsias de poder, porque são uma alternativa verdadeira ante o impiedoso neoliberalismo que traz consigo mais desigualdade.

Com estas decisões judiciais, a democracia na América Latina recebe duro golpe, ao impedir que os povos do Equador e da Bolívia possam exercer livremente sua vontade.



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