Cuba se bate pela independência tecnológica no combate à Covid-19

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-03-18 21:09:55

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Prensa Latina

Por: Maria Josefina Arce

A Covid-19 é um grande desafio não só para os profissionais da saúde, mas também para cientistas e pesquisadores de diferentes áreas.

Para Cuba, o desafio é muito maior levando em conta as difíceis condições econômicas provocadas pela doença e o bloqueio econômico norte-americano, endurecidos em tempos de pandemia.

A comunidade científica cubana driblou as dificuldades fornecendo soluções valiosas. Não estamos falando apenas de protocolos eficazes e candidatos vacinais com que conta o país – um dos quais, o Soberana 02, já se acha na 3ª fase de ensaio clínico e mostra uma resposta imunológica segura.

Estamos falando também nos equipamentos e insumos que foram criados ao longo de um ano de emergência sanitária para facilitar o atendimento aos contagiados e obter a necessária soberania tecnológica.

São conhecidas as barreiras impostas pelo bloqueio econômico norte-americano, porquanto impede a compra de materiais e equipamentos médicos, a chegada de ajuda ao país inclusive.

Por exemplo, nunca chegou a Cuba uma doação da fundação chinesa Alibaba que constavam de máscaras , reagentes e 104 ventiladores destinados a Unidades de Terapia Intensiva.

Porém, a resposta de cientistas e investigadores cubanos não se fez esperar. Hoje, no Centro Neurociências, se fabrica ventilador invasivo de emergência e outro não invasivo que serão testados em pacientes no mês de abril. Além disso, está o tomógrafo torácico que permite visualizar continuamente a função pulmonar, instalado ao lado da cama do paciente.

Na renomada instituição também foi ativada uma nova linha de fabricação automática de isótopos, com capacidade para produzir mais de 120 mil desses insumos ao dia.

Outros institutos de pesquisa se somaram ao esforço que concentra a Ilha no combate à pandemia e para garantir atendimento esmerado aos contagiados.

São eles o Centro Nacional de Biopreparados e o Centro de Estudos Avançados, assim como a empresa de tecnologia médica digital COMBIOMED, cujos produtos estão presentes em todas as UTI que atendem a pacientes com Covid-19.

Ao abnegado esforço dos trabalhadores do Centro Nacional de Biopreparados devemos o primeiro transporte para vírus obtido em Cuba e destinado à coleta e transportação das amostras dos pacientes para diagnosticar a doença.

Em um ano de pandemia, são notáveis os avanços na obtenção de insumos e equipamento médico, que permitiu aos cubanos transporem os obstáculos impostos pelo bloqueio e garantir atendimento apropriado aos doentes.

Não se mediram esforços, nem recursos no meio das condições econômicas mais adversas, e se pode fazer muito mais se – como afirmara o presidente cubano Miguel Diaz-Canel – continuarem se consolidando parcerias entre os institutos de pesquisa e as universidades, nas que Cuba tem um elevado potencial humano.



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