2021: mais violência na Colômbia

Editado por Irene Fait
2021-12-28 17:15:54

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| Photo: Nodal

O ano 2021 também não foi bom para a Colômbia. Não consegue sair da violência, que se espalha pela nação toda, sob a gestão ineficaz do governo que preside Ivan Duque, que conta apenas com 20 por cento de aprovação.

Antes de finalizar o ano, a Colômbia já tinha igualado e ultrapassado o número de chacinas ocorridas em 2020, quando foram assassinadas 381 pessoas em 66 municípios.

O mais recente relatório de INDEPAZ (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz) assinala que, em 2021, houve 92 chacinas em 70 municípios, quatro mais do que no ano anterior.

O maior número de massacres foi cometido nos departamentos de Cauca e Antióquia.

De janeiro a 24 de dezembro, foram assassinados 168 líderes sociais e 48 dos que assinaram o Acordo de Paz, subscrito em Havana em 2016 pela outrora guerrilheira Forças Armadas Revolucionárias de Colômbia- Exército do Povo e o governo do então presidente Juan Manuel Santos.

Desde então, se cometeram 1.283 homicídios de líderes, dos quais 885 aconteceram durante o governo do presidente Duque.

Causa preocupação que grupos armados ilegais atuem nos 32 departamentos do país, muitas vezes ligados ao tráfico de drogas e envolvidos na disputa de territórios.

O deslocamento forçado está muito ligado à espiral de violência reinante na Colômbia. De janeiro a novembro quase 83 mil colombianos se viram obrigados a abandonar seus lares.

A Consultoria para os Direitos Humanos e o Deslocamento realça que esse número representa um crescimento de 169% com relação ao ano de 2020. Os segmentos populacionais mais prejudicados são os indígenas e os afro-descendentes.  

A violência, contudo, também chegou das mãos da polícia. Os policiais usaram a força desmedidamente durante a greve nacional que levou os colombianos às ruas para protestar contra uma reforma tributária, impulsionada pelo governo.

Dezenas de mortos, 103 pessoas com lesões oculares, 60 casos de agressões sexuais e inúmeras detenções foi o saldo daquela violenta repressão às manifestações, que decorreram de abril a julho passado.

A ONU revelou que ao menos 28 mortes foram provocadas pela polícia.

Em 2021, a violência continuou fazendo parte do dia a dia na Colômbia. O governo do presidente Ivan Duque não quis avançar na implementação do Acordo de Paz, que estipula os mecanismos necessários para colocar ponto final à espiral de violência no país sul-americano.



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