Há décadas a humanidade enfrenta uma ameaça real de extinção da vida no planeta. As mudanças climáticas são uma realidade, muitas vezes alertada pelos cientistas, organismos internacionais e personalidades como o líder histórico da Revolução cubana, Fidel Castro.
Em 1992, na Cúpula da Terra do Rio de Janeiro, Fidel falou no perigo que ameaçava a humanidade. Hoje, 22 anos depois, esse risco continua latente por causa da irresponsabilidade das nações mais industrializadas.
Um exemplo disso é o aquecimento global, um dos fenômenos ligados às mudanças do clima. Suas consequências são maiores nos países em vias de desenvolvimento, que sofrem enchentes, períodos de seca, furacões e todo tipo de desastre natural.
Nas últimas três décadas o calor foi mais intenso do que os registros disponíveis desde 1850. Estima-se que desde essa data a temperatura média subiu 0,85 graus centígrados. Por outro lado, o nível do mar subiu 19 centímetros de 1901 a 2012, segundo estudos feitos pelo Grupo Inter-governamental de Especialistas sobre Mudanças Climáticas.
Nesta semana, líderes políticos de mais de cem países se reuniram em Nova York convocados pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, num esforço para gerar consciência em torno do aquecimento global e avançar rumo a um acordo internacional que leve à redução na emissão de gases poluentes.
Há dois anos expirou oficialmente o chamado Protocolo de Kyoto, um instrumento que estabelecia cotas na emissão dos gases de efeito estufa. Na Cúpula de Durban, em 2011, decidiu-se fixar um segundo período de compromissos até 2020. Contudo, nações como os EUA rechaçam ou abandonaram o Protocolo.
Na reunião de Nova York, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que essa postura gera grandes dúvidas quanto à credibilidade desses países e sua sinceridade na luta contra as mudanças climáticas. Por sua vez, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, defendeu a elaboração de um plano universal, ambicioso e legalmente vinculante, que respeite os princípios de equidade e de responsabilidade conjunta, porém diferenciada.
A Cúpula do Clima foi precedida por uma passeata gigantesca em mais de 165 países, cujo propósito foi chamar a atenção dos políticos e da sociedade em torno da necessidade de frear as mudanças climáticas.
(M.J. Arce, 24 de setembro)
Matérias relacionadas
Comentários
Deixe um comentário
Todos os campos são requeridos
Reproduzindo agora
24 Horas en el mundo
A seguir
- Desde Mi Habana
- La Trova Cubana
- Un lugar para la poesía
Mais vistas
- ALBA-TCP rejeita decisão da justiça argentina contra Cristina Fernandez
- Ministro das Relações Exteriores de Cuba adverte sobre planos dos EUA contra governos latinos e caribenhos
- Bases militares estrangeiras, a aposta do presidente Noboa
- Cuba vence o Brasil 3 x 2 na Liga das Nações Masculina de Vôlei
- Trump contra os EUA