Ataques aos consensos históricos

Editado por Irene Fait
2025-04-28 11:02:57

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Foto: Diario 16

Por Roberto Morejón

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou sua polêmica aposta na associação entre o isolacionismo e o expansionismo abandonando compromissos globais, suficiente para preocupar a comunidade internacional.

Nesse sentido, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, acusou o governo dos EUA de tentar subverter a ordem mundial com sua atitude em agências das Nações Unidas.

O ministro lembrou as posições de Washington na UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, e na FAO, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, onde EUA quebra consensos históricos.

Escrevendo na rede social X, Rodríguez também destacou a objeção da nova administração dos EUA à mudança climática e à Agenda 2030. 

Numerosos indícios se encaixam nas declarações do ministro das Relações Exteriores cubano, a começar pela abordagem muito singular de Trump ao seu slogan "America Primeiro", marcado pela prioridade dos interesses unilaterais sobre a cooperação global.

A retirada dos Estados Unidos da OMS, a Organização Mundial da Saúde, e do Acordo de Paris sobre mudança climática ressalta o plano da Casa Branca de enfraquecer as instituições globais.

A essa tendência se soma o seu conflito em relação às bases tarifárias, tanto em geral quanto por região ou pactos, conforme evidenciado por sua posição em relação ao México e ao Canadá, membros, juntamente com os EUA, do Acordo de Livre Comércio da América do Norte.

Trump também busca a reestruturação dos padrões internacionais de comércio e desenvolvimento e o desenho de um sistema no qual o apoio de seu país dependa cada vez mais do alinhamento político e não de normas universais.

Com a atitude do republicano, o mundo e, especialmente, o Sul Global constatam como se dificultam os esforços futuros para lidar com conflitos universais, como mudança climática, migração, saúde e desigualdade econômica e social.

É claro que os atores globais responderão ao isolacionismo de Washington e ao "America Primeiro", daí o interesse crescente de muitos governos em participar de projetos como o da China, incluindo a Iniciativa Faixa e Rota.

Essas são respostas necessárias ao que o Ministro das Relações Exteriores de Cuba descreveu como o desprezo de Washington pelas formas de cooperação entre os Estados.



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