Assembleia Geral da ONU aprova resolução contra bloqueio dos EUA a Cuba

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2019-11-07 13:26:30

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Havana, 7 de novembro (RHC).- A resolução intitulada “Necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba”, apresentada pelas autoridades cubanas, foi aprovada na Assembleia Geral da ONU por esmagadora maioria de 187 votos a favor, três contra e duas abstenções.

Somente se opuseram os próprios EUA, além de Israel e Brasil. Os que se abstiveram foram Colômbia e Ucrânia.

Ao apresentar o documento antes da votação, o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, rechaçou as mentiras arvoradas pelo governo norte-americano para justificar o bloqueio, e negou o argumento de que essa medida tem como propósito beneficiar o povo desta Ilha. Recordou que ano após ano a delegação dos EUA nesse foro expressa, com alta dose de cinismo, que Washington apoia o povo cubano.

“Poderia alguém crer semelhante afirmação?”, questionou Rodríguez, e acusou as autoridades estadunidenses de mentirem e falsearem os dados sobre supostas licenças para operações de venda de medicamentos e alimentos a Cuba, que dificilmente chegam a se concretizar.

“A delegação dos EUA deveria explicar nesta Assembleia as condições impostas às compras cubanas: não há acesso a créditos, nem oficiais nem privados, deve-se pagar à vista quando a mercadoria chega ao porto, os bancos que manejam nossas transações são perseguidos e não podem ser usadas embarcações cubanas”, indicou. “Quem comercia no mundo sob essas condições?”, assinalou o ministro das Relações Exteriores.

Destacou que apesar da hostilidade e coerção de Washington, o eficaz modelo social vigente em Cuba garante aos cidadãos igualdade de oportunidades, equidade e justiça social. Porém, mencionou casos de pessoas que se veem afetadas diretamente pelo bloqueio norte-americano em termos de saúde. Nesse ponto, revelou que o cerco econômico impede o acesso de Cuba a novos medicamentos para o tratamento do câncer, produzidos por companhias e laboratórios norte-americanos.

“O bloqueio provoca danos humanitários incalculáveis. Constitui uma violação flagrante, maciça e sistemática dos direitos humanos”, assinalou o chanceler cubano ao falar na Assembleia Geral da ONU.



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