Casa TodosEditorialFuracão Melissa deixa funesta lembrança, em Cuba continuam operações de resgate

Furacão Melissa deixa funesta lembrança, em Cuba continuam operações de resgate

por Roberto Morejón
Evauados por el huracán Melissa

As chuvas associadas ao furacão Melissa, que atingiu o leste de Cuba, cessaram, mas situações alarmantes persistem obrigando as autoridades a continuar as evacuações de pessoas. Mais de 735 mil cubanos foram levados para instituições estatais, casas de parentes, amigos e vizinhos antes da passagem do furacão devastador.

Seus ventos de quase 200 quilômetros por hora e chuvas torrenciais causaram danos generalizados, principalmente nas províncias de Granma, Santiago de Cuba e Guantánamo.

A bacia do caudaloso rio Cauto, enfrenta um ponto crítico de enchentes, principalmente devido ao escoamento das montanhas, às chuvas subsequentes a Melissa, à saturação do lençol freático e à liberação de água das represas.

Portanto, a arriscada operação de resgate continua no leste de Cuba, dados os efeitos devastadores deixados pelo furacão.

Segundo Francisco Pichón, coordenador da ONU em Cuba, as necessidades decorrentes da tempestade excedem a capacidade de resposta do país, daí a importância da ajuda internacional que começa a se materializar por parte da própria ONU, de outros países e de pessoas avulsas.

Os prejuízos continuam sendo quantificados, são enormes, avaliações preliminares revelam a destruição de casas, plantações, pontes, estradas, árvores e linhas de eletricidade.

Com a subida das águas, as autoridades aconselharam aqueles que estavam em abrigos a permanecerem lá até que as enchentes cessasem.

Moradores mais velhos fazem comparações, afirmam que não viam cheias de rios tão severas desde o furacão Flora, em 1963.

Graças às previsões, preparação e um enorme esforço de organização e segurança, muitas pessoas conseguiram salvar suas vidas, embora lamentem a significativa perda de casas e pertences pessoais.

A economia também está sofrendo, especialmente porque Cuba enfrenta os efeitos do bloqueio, recentemente rejeitado por esmagadora maioria das nações na ONU — um grande revés político e diplomático para os Estados Unidos.

Assim que os ventos e as chuvas diminuíram, a recuperação começou na Ilha. Será um processo longo e complexo do ponto de vista humano, técnico e econômico.

 

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