A Assembleia Geral da ONU manteve sua firme e reiterada exigência pela cessação do bloqueio dos EUA contra Cuba e aprovou a resolução apresentada por Havana em meio às pressões de diplomatas americanos.
É a 33ª vez que a resolução contra o bloqueio prevalece de forma esmagadora na Assembleia, porém, desta feita, as ameaças da Casa Branca foram brutais em sua tentativa de evitar uma derrota diplomática e política.
O texto, aprovado por 165 votos a favor, 7 contra e 12 abstenções, foi abertamente apoiado, ainda que alguns governos tenham admitido mudar sua posição anteriormente favorável a Cuba.
As pressões não deram resultado, a vitória política e diplomática de Cuba foi esmagadora, quando o Departamento de Estado americano, sob a liderança de Marco Rubio, intensificou seus esforços para convencer de que o bloqueio não existe.
Para reforçar essa e outras falsidades, Rubio recorreu a um parceiro, o embaixador na ONU, Mike Waltz, que proferiu um discurso desastroso perante o plenário, empregando linguagem vulgar, ignorante e enganosa.
O diplomata afirmou que o bloqueio não existe, como se as Leis Torricelli e Helms-Burton, que também ressaltam a extraterritorialidade do bloqueio econômico, comercial e financeiro, não estivessem em vigor em seu país.
Diante dessa e de outras manipulações, dezenas de chefes de delegação expressaram sua rejeição ao bloqueio contra Cuba e exigiram a remoção da Ilha da lista de nações que Washington considera patrocinadoras do terrorismo. Os oradores destacaram o paradoxo de sitiar uma nação que pratica ativamente a solidariedade internacional.
Entre os discursos favoráveis a Cuba foi destaque o do embaixador mexicano Héctor Vasconcelos, quem perguntou por que os Estados Unidos persistem em desafiar as resoluções da ONU.
É uma pergunta que muitos cubanos se fazem, após mais de seis décadas de bloqueio, principal causa das graves carênciais materiais e insuficiências nos serviços que padecem.
Rubio e os congressistas anticubanos devem estar furiosos com o resultado na Assembleia Geral da ONU. Com certeza, vão lançar mão de novos ardis para sufocar o povo cubano.
