Parlamentares e líderes políticos da Europa exortaram na sexta-feira a acabar com as ameaças dos EUA contra Venezuela e cessar a escalada militar no Caribe, que ameaça a paz, a segurança e a estabilidade dos povos.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, em nome do presidente Nicolás Maduro, saudou “esta demonstração de solidariedade com o nosso povo e seu direito inalienável de construir um futuro de autodeterminação”.
A carta é assinada por parlamentares e líderes políticos da Alemanha, Espanha, Reino Unido, Escócia, Polônia, França e outros países.Os signatários denunciaram que “o prelúdio para a invasão já está em andamento”, com uma força naval dos EUA composta por pelo menos oito navios de guerra, bombardeiros estratégicos, caças e 10.000 soldados patrulhando o Caribe.
Afirmaram que essa presença militar “já demonstrou que é letal, com ataques a pequenas embarcações que causaram ao menos 67 mortos”.
A carta afirma que o governo Trump rompeu os canais diplomáticos com Caracas e autorizou operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA) na Venezuela, enquanto bombardeiros B-52 da Força Aérea dos EUA sobrevoam o Caribe.
Parlamentares e políticos europeus lembraram que documentos publicados confirmaram a interferência da CIA na derrubada de governos democraticamente eleitos na América Latina, como o Chile de Salvador Allende em 1973, o Brasil de João Goulart em 1964 e a Guatemala de Jacobo Árbenz em 1954.
Observaram que o custo humano dessas operações de mudança de regime foi catastrófico e que seu legado político perdura.
Da mesma forma, afirmaram que o fortalecimento da presença militar eleva ainda mais os riscos. Condenaram nos termos mais fortes a escalada militar contra Venezuela e apelaram às forças progressistas em toda a Europa para que se solidarizem com o povo venezuelano.
