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Quito, 09 de abril (RHC) O Serviço Nacional de Atenção às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI) informou hoje que o ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, foi devolvido à prisão de segurança máxima La Roca, em Guayaquil.

Em comunicado, o SNAI disse que, durante as últimas horas, Glas permaneceu sob observação médica e, quando seu estado de saúde estava em parâmetros aceitáveis, recebeu alta.

No entanto, a deputada Sofía Espín denunciou, por meio de sua conta no X, que ninguém, nem seus filhos,  nem sua equipe jurídica puderam vê-lo.

É urgente que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos venha verificar sua situação, alertou Espín.

Mais cedo, a presidente do movimento Revolução Cidadã (RC), Luisa González, também denunciou no canal Teleamazonas que os filhos de Glas não foram autorizados a entrar no centro de saúde, nem seus advogados. É uma violação de seus direitos humanos, reiterou.

Da mesma forma, a advogada do ex-vice-presidente, Sonia Vera, alertou que Glas ainda estava isolado após uma "overdose" crítica, privado de contato com sua família e defensores.

A invasão da sede diplomática do México  em Quito na noite de sexta-feira, 5 de abril, que levou à prisão de Glas, foi repudiada pela comunidade internacional, mas o governo equatoriano insiste em justificar o ato.

O governo alega que havia risco de fuga de Glas, que tinha um mandado de prisão para um processo judicial pendente, mas já havia recebido asilo do México.

Glas, considerado um dos símbolos do "lawfare" no Equador, recebeu temporariamente o benefício da pré-liberdade em 28 de novembro de 2022, após a unificação de duas sentenças de prisão de seis e oito anos; no entanto, a medida foi revogada.

No início deste ano, o sistema de justiça ordenou a prisão do ex-funcionário por suposto desvio de dinheiro no caso chamado Reconstrução de Manabí, que investiga um suposto desvio de dinheiro em obras públicas após o terremoto de 2016. (Fonte: PL)