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Cidade do Panamá, 06 de maio (RHC) O novo governo do Panamá, que será presidido por José Raúl Mulino a partir de 1º de julho, precisará construir uma agenda de desenvolvimento nacional com um parlamento fragmentado e com seus adversários políticos.

Para vários analistas, o colapso financeiro do programa de aposentadorias, cujas reservas esgotam neste ano, justamente quando tomar posse, é um desses desafios, ao qual se deve acrescentar a reestruturação da previdência social em questões administrativas e de saúde.

Por outro lado, o novo governo terá de enfrentar a atual crise econômica expressa na queda da taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que deve ficar em torno de 2,5% este ano, em comparação com 7,3% em 2023, além de uma dívida pública de cerca de 50 bilhões de dólares.

Em seu primeiro discurso para comemorar sua vitória nas urnas, Mulino pediu aos panamenhos que tivessem confiança em que as soluções começarão muito em breve por meio de negociações que ele fará com empresas privadas nacionais e internacionais para dinamizar a economia.

Nas eleições gerais, com mais de 90% dos votos apurados, Mulino obteve 34,4% dos votos, contra 25% de Ricardo Lombana, do Movimiento Otro Camino, 16% do ex-presidente Martín Torrijos (2004-2009), do Partido Popular, e 11,2% de Rómulo Roux, do Cambio Democrático e do partido Panameñista, seus rivais mais próximos na disputa.

Todos eles reconheceram a derrota, o último deles Lombana, que concorria como o grande candidato contra a corrupção, atribuída à figura do ex-presidente Ricardo Martinelli (2009-2014), desqualificado por uma sentença de mais de 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro e em asilo na embaixada da Nicarágua, e por extensão ao seu substituto Mulino. (Fonte: Prensa Latina).