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Havana, 03 de junho (RHC) O candidato presidencial da oposição Samuel Doria Medina foi denunciado como “trapaceiro” antes das eleições gerais de agosto próximo na Bolívia, após uma acusação feita pelo operador político Peter Erlwein Beckhauser.
De acordo com o indivíduo ligado à ultradireita em Santa Cruz e excluído da lista de candidatos a deputados da aliança Unidad, que postula Doria Medina, o empresário milionário mandou, em uma reunião em La Paz, impugnar a candidatura de outro direitista, Jorge Tuto Quiroga.
Dessa forma, Doria Medina pretendia continuar sendo o único candidato de oposição de direita nas eleições gerais de 17 de agosto deste ano.
De acordo com Beckhauser, o operador político de Doria Medina, Roberto Moscoso, e a deputada de Comunidad Ciudadana, Senaida Rojas, também participaram da reunião.
Ele disse que o objetivo era enfraquecer o bloco de oposição porque “nos pediu que, em vez de acabar com a esquerda, deveríamos impugnar toda a direita para que ele ficasse sozinho na cédula”.
Após essas revelações, o candidato da Alianza Libre, Quiroga, deplorou a ordem de Doria Medina.
Por sua vez, o líder da Alianza Unidad e analista político José Luis Bedregal negou enfaticamente as acusações e descreveu Beckhauser como um ator sem trajetória democrática e supostamente ligado ao vice-presidente, David Choquehuanca.
No entanto, a mídia boliviana em 24 de abril destacou a impugnação apresentada pelos deputados do CC Senaida Rojas e Juan José Tórrez contra a Alianza Libre (Libertad y Democracia) de Quiroga.
Em resposta, o porta-voz desse bloco, Tomás Monasterio, alegou que Doria Medina estava por trás da “manobra” que busca retirar Quiroga do cenário eleitoral.
Rojas e Tórrez denunciaram que a aliança de Quiroga, composta por Democratas e Frente Revolucionária de Esquerda (FRI), não poderia ser formada porque, presumivelmente, uma aliança anterior com o CC não havia sido dissolvida (Fonte: Prensa Latina).