O mundo acompanha Cuba em sua luta contra o bloqueio dos EUA

Editado por Irene Fait
2021-12-31 16:10:57

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A política hostil dos EUA contra Cuba não mudou com o novo governo norte-americano que assumiu o comando em 2021.

O presidente Joe Biden manteve intato o bloqueio econômico, comercial e financeiro, as 243 medidas adotadas pelo seu antecessor Donald Trump inclusive, 60 das quais foram adotadas no meio da pandemia da Covid-19.

Porém a solidariedade internacional ao povo cubano cresceu no ano que finaliza. Cuba tornou a apresentar na ONU sua denúncia, apoiada por esmagadora maioria das nações desde 1992.

Pela 29ª ocasião, se aprovou o projeto de resolução apresentado por Cuba que exige a cessação do bloqueio. Os danos provocados pelo bloqueio montaram em 9 bilhões 157 milhões de dólares de abril de 2019 a dezembro de 2020.

Cento e 84 nações votaram em favor da cessação da medida norte-americana que constitui o maior obstáculo para o combate à Covid-19.

A votação mostrou mais uma vez o isolamento dos EUA, que só contou, como de costume, com o apoio de Israel, seu aliado incondicional.

EUA foram condenados por organizações internacionais, fóruns regionais e representantes de diferentes nações por manterem contra o povo cubano essas ações coercitivas, de caráter genocida.

Como afirmara o General de Exército Raúl Castro em abril passado, no 8º Congresso do Partido Comunista de Cuba: o dano que estas medidas causam ao padrão de vida da população não é fortuito, nem um efeito colateral, é consequência do propósito deliberado de castigar o povo cubano.

Estas medidas, próprias de tempo de guerra significaram, igualmente, a privação do fornecimento de combustível e perseguição implacável às multinacionais comerciais e financeiras. Impediram, também, o fluxo regular e institucional das remessas de dinheiro às famílias cubanas, obstaculizaram as relações com os cubanos residentes nos EUA e a reunificação familiar. Além disso, violam o direito dos norte-americanos de viajar livremente à ilha.

Porém Cuba não está sozinha. As caravanas realizadas no final de cada mês são um claro exemplo, para além das votações na ONU e ações constantes de solidariedade.

Dezenas de cidades do mundo todo aderiram a essa iniciativa, convocada pelo Projeto Pontes de Amor, que reclama a partir do próprio território dos EUA o fim do bloqueio. A fim de divulgar a injustiça que está sendo cometida contra o povo cubano, realizou em meados do ano uma caminhada de mais de 2.000 quilômetros de Miami a Washington.

No meio do complicado contexto, Cuba recebeu inestimável ajuda solidária de governos, povos, organizações de amizade e de cubanos residentes noutras nações, comprometidos com sua Pátria.

Do México, Rússia, China, Bolívia, Venezuela e Nicarágua, entre outros países, chegaram doações de alimentos, medicamentos e outros insumos para enfrentar à escassez provocada pelo bloqueio endurecido e a difícil situação econômica criada pela Covid-19.

Não faltou o apoio de Parlamentos de outras nações e de fóruns internacionais; se aprovaram resoluções de rejeição ao desumano bloqueio como a da 6ª Reunião de Cúpula da CELAC – Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos-, realizada em setembro passado no México.

O presidente mexicano questionou várias vezes ao longo de 2021 a política hostil dos Estados Unidos e pediu que pusessem fim ao bloqueio. “Ninguém tem o direito de estrangular um povo, isso é vil, é uma canalhice”, garantiu Andrés Manuel López Obrador.

Contra essas sanções que dificultam o desenvolvimento dos povos também falou o papa Francisco. O Santo Padre pediu às nações poderosas e grandes que cessassem os bloqueios contra qualquer nação do mundo.

Mais de 200 personalidades do mundo, entre elas ex-presidentes, endereçaram uma carta ao presidente Biden exigindo o fim do criminoso bloqueio que em quase 60 anos de existência provocou perdas a Cuba estimadas em 147 bilhões 853 milhões de dólares.

O bloqueio norte-americano contra Cuba é uma das mais longas e graves violações dos direitos humanos. É um ato de guerra em tempos de paz.

Cuba, porém, não parou e continua batalhando contra essa política hostil. O presidente Miguel Diaz-Canel deixou claro: “Nossa reclamação para que cesse é e será sem trégua, luta incessante enquanto estiver vigente essa política impiedosa e genocida. Sabemos que contamos com o apoio da comunidade internacional, confirmado em inúmeras ocasiões, e de boa parte dos cubanos no exterior”.



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