Foto: @DiazCanelB
Havana, 27 de agosto (RHC) - O presidente da República, Miguel Díaz-Canel, foi recebido neste domingo na Casa do Estado em Windhoek pelo presidente da Namíbia, Hage Geingob.
No sábado, o chefe de Estado namibiano condecorou Diaz-Canel com a "Ordem da Mais Antiga Welwitschia Mirabilis", a mais alta distinção do país africano.
"Nossa casa é sua casa. Na Namíbia, consideramos os cubanos como nossos irmãos e irmãs" escreveu Geingob na rede X (antigo Twitter).
Durante o encontro com o presidente cubano, Geingob lembrou os laços históricos que unem os dois povos e destacou a atual cooperação de especialistas cubanos na Namíbia em áreas como a medicina, entre outras.
Da mesma forma, denunciou o bloqueio dos EUA contra Cuba, que impede até a compra de suprimentos médicos pela Ilha no mercado norte-americano.
"Que crime Cuba cometeu para ser sancionada dessa forma?", perguntou Geingob.
Por sua vez, o presidente cubano destacou que a visita tem um significado especial, entre outras razões, porque a atual geração de dirigentes cubanos se define como continuadora da Revolução. Isso, disse, inclui a solidariedade com nossos irmãos, o fortalecimento de nossa amizade com a Namíbia, seu governo e seu povo.
O chefe de Estado cubano também ratificou a vontade de continuar ampliando a cooperação com essa nação africana nas áreas de construção, tecnologia da informação (inteligência artificial, robótica e segurança de computadores inclusive), e também em cultura e esportes, se a Namíbia precisar.
Em seu discurso, ele recordou como foram levados os africanos, os namibianos, como escravos pelos colonialistas para terras cubanas.
"Esses escravos lutaram por sua liberdade aderindo às lutas pela liberdade em Cuba", acrescentou.
Ele lembrou que deixaram de ser escravos lutando por Cuba e trouxeram para a nacionalidade cubana sua cultura, crenças, sentimentos, suas cores e sua rebeldia e bravura.
Temos orgulho de ser mestiços e, quando viemos para esta terra, como disse Fidel, viemos para saldar nossa dívida com a África.
Após a independência da Namíbia, continuou, houve mais de 30 anos de colaboração permanente em que desenvolvemos projetos para o benefício dos povos.
"Agora, ratificamos nossa vontade expressa de que esses sentimentos também sejam levados às novas gerações de cubanos e namibianos, e que a memória histórica, à qual vocês têm sido muito leais, nunca se perca", destacou o presidente.
Na reunião oficial, Díaz-Canel convidou Geingob para que faça uma visita oficial a Cuba.
Finalmente, expressou seu desejo de que na próxima cúpula do G77 + China sobre ciência e tecnologia, a ser realizada em setembro em Havana, a África esteja bem representada e, em particular, "a Namíbia, por causa da liderança que vocês têm na região". (Fonte: Prensa Latina)
