Começa debate sobre bloqueio a Cuba na Assembleia Geral da ONU

Editado por Irene Fait
2023-11-01 11:43:50

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Havana, 01 de novembro (RHC) O debate sobre a necessidade de pôr fim ao bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba começou hoje na sede da Assembleia Nacional das Nações Unidas em Nova York, o primeiro de dois dias dedicados a analisar o impacto dessa política.

Cinquenta oradores falarão à Assembleia Geral na quarta-feira, que se reúne pela 31ª vez para votar amanhã a proposta de resolução elaborada pela nação caribenha.

O relatório apresentado pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres reconhece a continuação do bloqueio contra Cuba e a inclusão da Ilha na lista de países patrocinadores do terrorismo, segundo Washington, como ações incompatíveis com um sistema internacional baseado na lei.

Ambas as ações dos Estados Unidos são uma manifestação flagrante do exercício do poder político e econômico em clara violação dos direitos humanos, incluindo o direito ao desenvolvimento. Os efeitos dessas medidas são tão óbvios quanto inadmissíveis sob a Carta da ONU e os princípios do direito internacional, acrescenta o relatório, também disponibilizado aos estados membros.

Apesar disso, Cuba continuou demonstrando seu compromisso com a cooperação Sul-Sul, bem como sua capacidade de contribuir para enfrentar problemas globais, como o acesso a tratamento médico e vacinas no momento crítico da pandemia de Covid-19.

De acordo com o relatório, a situação no país caribenho apenas confirma a necessidade de desmantelar medidas coercitivas unilaterais, que prejudicam os direitos soberanos, a realização dos direitos humanos e a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A ONU pediu aos signatários da resolução que mantenham os esforços para pôr fim à injusta negação do direito de Cuba à autodeterminação e ao desenvolvimento.

 Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores de Cuba, falará ao fórum na quinta-feira  sobre os efeitos da política unilateral reforçada a níveis sem precedentes no contexto da COVID-19. Logo depois, a comunidade internacional votará, pela 31ª vez.

Desde a primeira apresentação do documento, em 1992, essa votação reflete o apoio do mundo à reivindicação de Cuba ao seu direito de viver sem os efeitos do bloqueio, que foi rotulado como um ato de genocídio.

De acordo com o informe de Havana, elaborado em conformidade com a resolução 77/7 da Assembleia Geral das Nações Unidas, intitulada "Necessidade de pôr fim ao embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos da América contra Cuba", os danos acumulados chegam a 159 bilhões 084 milhões de dólares e, somente entre 1º de março de 2022 e 28 de fevereiro de 2023, alcançaram 4 bilhões 867 milhões de dólares. (Fonte: PL/ACN)



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