Presidente cubano encerra sessão plenária do Comitê Central do PCC

Editado por Irene Fait
2023-12-16 20:30:43

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Díaz Canel encerra o Pleno do PCC

Havana, 16 de dezembro (RHC) O Primeiro Secretário do Comitê Central do Partido Comunista e Presidente da República de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, em seu discurso de encerramento da 7ª Sessão Plenária do Comitê Central do Partido, convocou a direção política e os militantes comunistas a atuarem juntos por um objetivo comum: salvar a Pátria, a Revolução, o Socialismo e Vencer.

O chefe de Estado cubano disse que deveríamos redescobrir o "sopro mítico" da Revolução e, a partir dele, nos erguer; redescobrir os caminhos da lenda e do heroísmo que nos fizeram viver episódios como a Baía dos Porcos ou a luta contra os bandidos.

Desenvolvamos as forças produtivas e também as forças espirituais da Revolução, que essa é a maneira de fortalecer o orgulho de ser cubanas e cubanos, afirmou Diaz-Canel.

O presidente dedicou as primeiras palavras de seu discurso à projeção de Cuba no cenário internacional, especialmente durante este ano que está chegando ao fim. Destacou "a força da política exterior da Revolução Cubana", que se sustenta essencialmente no heroísmo do povo e com fortes raízes na atuação e no legado do líder histórico Fidel Castro Ruz.

Em outro trecho de sua fala, Diaz-Canel denunciou  mais uma vez o genocídio que está sendo perpetrado contra o povo palestino; e relembrou, também, a crueldade do bloqueio imperial contra Cuba: "O impacto que esse cerco representa para a economia e a sociedade cubanas "é muito duro", disse.

Díaz-Canel enfatizou: "Mas não podemos nos deixar abater, subjugar, desunir ou desmobilizar". Pediu continuar sendo otimistas, não abandonar a confiança na vitória e ter certeza de que os cubanos superarão seus desafios com trabalho árduo, talento e criatividade própria, "em outras palavras, com resistência criativa".

Nessa luta para resistir e superar, o presidente cubano evocou Fidel e Raúl, e a escola - aprendida com eles - da "correção oportuna".

Sobre os preceitos legados pelo líder histórico da Revolução Cubana, o Chefe de Estado enfatizou: "Suas ideias sobre a importância da retificação constante dentro do processo revolucionário transcenderam o tempo. E, nesse sentido, enfatizou o valor da "observação crítica" dos revolucionários em relação às causas que poderiam ameaçar um processo emancipatório que está sempre sob ameaça.

Díaz-Canel falou em "corrigir tudo o que se afasta do espírito da Revolução" e em saber como criar novas soluções para todos os problemas.

UMA SESSÃO PLENÁRIA IMPORTANTE E ESTRATÉGICA

O presidente cubano descreveu a 7ª Sessão Plenária como uma reunião boa e importante. Ele disse que era "importante" em vista da "natureza estratégica" da reunião: "Aqui estamos discutindo os problemas fundamentais do país neste momento”.

“Não devemos esquecer nunca que o povo espera resultados. A cada um de nós, mulheres e homens do Partido, que também somos o povo, corresponde fazer o que Tapia (Vice-Primeiro Ministro Jorge Luis Tapia Fonseca) definiu tão graficamente em bom cubano: colocar comida no prato do povo. E não apenas isso, mas muito mais”, sentenciou.

A insatisfação "é um motor que move as energias revolucionárias", enfatizou o presidente cubano em sua fala. E destacou a importância de caminhar com o povo, dentro do povo, ir ao coração dos bairros - onde as pessoas não perderam a esperança. Entre as pessoas, afirmou, é possível ativar plenamente a participação, sem a qual o socialismo não é possível.

ACIMA DE TUDO, A FÓRMULA É TRABALHAR

O primeiro-secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba disse aos delegados do 7º Pleno que, "com a crueza que o momento exige, Alejandro Gil (primeiro vice-ministro e ministro da Economia e Planejamento) reconheceu que as medidas adotadas para conter a inflação não foram eficazes". O chefe de Estado enfatizou que "para enfrentar esse e outros problemas complexos associados à macroeconomia, estão sendo elaboradas ações que serão implementadas em 2024".

A pergunta que fazemos a nós mesmos todos os dias, disse, é o que vamos fazer e como vamos fazer. Acima de tudo, ressaltou o chefe de Estado cubano, a fórmula é trabalhar e fazer as coisas bem. E lembrou que nenhuma medida resolverá por si todos os problemas e que, nesse tipo de trabalho coletivo, "ninguém tem a verdade absoluta".

Em outro momento de seu discurso, e fazendo alusão a uma ideia que o Primeiro-Ministro, Manuel Marrero Cruz, já havia compartilhado na 7ª Sessão Plenária, o Chefe de Estado fez a seguinte reflexão: "estamos trabalhando em um cenário de economia de guerra. Com decisões consensuais, trabalho coletivo, paixão e energia, todos nós somos chamados a reverter a situação atual.

"Se cada medida dos inimigos declarados de nossa independência é uma bomba silenciosa que busca derrubar os muros de nossa resistência, cada resposta de Cuba deve ter como objetivo desarmá-las, uma a uma, com o talento e a dignidade dos cubanos".

PLANO CONTRA PLANO

Em poucos dias, disse Díaz-Canel, a Assembleia Nacional estará em sessão. Novas análises e mais debates nos aguardam, relacionados às decisões anunciadas aqui.

"Às vésperas do 65º aniversário da Revolução Cubana, sua liderança política, seus militantes comunistas, seus filhos e filhas patriotas e revolucionários, somos convocados a agir juntos por um objetivo comum: Salvar a Pátria, a Revolução, o socialismo e vencer".

O Chefe de Estado continuou denunciando que a contrarrevolução está promovendo ações que buscam quebrar a estabilidade do país e que tais esforços vêm de mentes doentes, desesperadas e impotentes. Aqueles que estão tentando prejudicar o país, disse ele, são incentivados pela política imperial que busca sufocar a economia da Ilha. A contrarrevolução não deve esperar magnanimidade ou generosidade da Revolução: o peso total da lei recairá sobre eles, advertiu.

Encerrando seu discurso, Díaz-Canel evocou José Martí, "inspirador e guia da Geração de seu centenário, que trouxe até aqui a Revolução vitoriosa, cujas bandeiras, hoje, temos a honra de erguer".

O Presidente citou Marti: "Nosso inimigo obedece a um plano: o plano de dispersar, dividir, afogar-nos. É por isso que obedecemos a outro plano: mostrar-nos em toda nossa altura, ficar bem juntos, unir-nos, ludibriar-lo (...)  Plano contra plano. Sem um plano de resistência, não se pode vencer um plano de ataque".

“E todos nós juntos, com nosso povo, faremos isso", ressaltou o presidente cubano encerrando sua fala. (Extraído do site da Presidência)

 

 



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