Ataques aéreos contra aeroportos cubanos

Havana, 15 abril (RHC) Os cubanos recordam hoje os ataques aos aeroportos da Ilha em 1961, prelúdio da invasão de Playa Girón, um episódio em que a resistência e a dignidade do povo se levantaram diante da agressão imperialista.

Em 15 de abril de 1961, aviões inimigos camuflados com a insígnia das Forças Armadas Revolucionárias atacaram o aeroporto de Ciudad Libertad, a base aérea de San Antonio de los Baños e o aeroporto de Santiago de Cuba.

Os eventos, que ocorreram ao amanhecer, tinham o objetivo de fazer a opinião pública internacional acreditar que uma rebelião interna estava ocorrendo no país logo após o triunfo da Revolução Cubana em janeiro de 1959.

Além disso, a ação tinha por objetivo provocar medo e confusão, destruir a escassa e antiquada força aérea cubana e garantir a impunidade de uma incursão inimiga por terra que ocorreu pouco tempo depois.

O bombardeio resultou na morte de sete pessoas e 53 feridos, a maioria civil. Foram metralhados os bairros ao redor de Ciudad Libertad, mas os atacantes não conseguiram destruir tantos aviões quanto esperavam.

No enterro das vítimas do ataque aéreo, o líder histórico, Fidel Castro, declarou o caráter socialista da Revolução.

“O que os imperialistas não podem nos perdoar é o fato de estarmos aqui, o que os imperialistas não podem nos perdoar é a dignidade, a integridade, a coragem, a firmeza ideológica, o espírito de sacrifício e o espírito revolucionário do povo cubano”, disse Fidel Castro no comício em massa perto do cemitério.

O ataque foi o prelúdio da invasão de Playa Girón - um território localizado na província central de Matanzas - onde uma brigada armada, treinada e transportada pelos Estados Unidos, chegou à Ciénaga de Zapata em 17 de abril.

Depois de 60 horas de luta intensa, os mercenários foram derrotados e se renderam em Playa Girón ao anoitecer do dia 19. Essa ação representou a primeira grande derrota do imperialismo na América Latina. (Fonte: Prensa Latina)