
Havana, 28 de junho (RHC) O Ministério das Relações Exteriores de Cuba (Minrex) reiterou que o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, está promovendo uma campanha contra a cooperação médica cubana, destacam meios de comunicação no sábado.
De acordo com as edições impressas dos jornais Granma e Juventud Rebelde, dois dos mais importantes da Ilha, Rubio está usando a Comissão Interamericana de Direitos Humanos "como parte de sua campanha imoral contra a cooperação médica que oferece Cuba".
“Para isso, em movimento sem precedentes, exigiu que todos os Estados-membros da OEA respondessem a um questionário detalhado sobre os acordos que têm ou tiveram com Cuba em matéria de cooperação na área da saúde”, explica.
Essa abordagem, de acordo com a declaração, é considerada por muitas nações como "um pedido sem precedentes que viola a soberania do Estado".
"Cuba reitera que não reconhece, nem reconhecerá, nenhuma autoridade moral ou legal da OEA ou de qualquer um de seus funcionários e órgãos subsidiários ou autônomos", afirma o texto.
Da mesma forma, destaca que, para atingir seu objetivo, os Estados Unidos recorreram à pressão e à chantagem e impuseram uma "mercenária na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA (Organização dos Estados Americanos)".
Durante meses, Rubio desencadeou uma operação para tentar transformar um membro de sua equipe de defensores assalariados do bloqueio e da agressão contra Cuba em uma especialista imparcial em direitos humanos, afirma.
E observa que "pressões e ameaças, que incluíram chantagem alegando que os Estados Unidos cortariam orçamentos para programas de cooperação no hemisfério, levaram à eleição por uma margem apertada da notória mercenária Rosa María Payá Acevedo como Comissária da CIDH".
Apesar dos esforços para encobrir o histórico de Payá, clarifica, "não apagaram o histórico vergonhoso da nova Comissária, que exibe seu apoio a golpes de Estado, espalha mentiras e promove intervenções militares e políticas de guerra econômica".
Refere-se também às avaliações do Painel Independente para avaliar candidatos aos órgãos do Sistema Interamericano de Direitos Humanos.
Payá demonstrou que conhece pouco as normas, jurisprudência ou doutrina internacional dos direitos humanos, e sua atividade política poderia colocar em dúvida a aparência de independência aos olhos de um observador razoável, diz a declaração.
Observa, também, que o Centro de Pesquisa Econômica e Política considera que o histórico público de Payá demonstra um desrespeito repetido aos direitos humanos e ao direito internacional.
Acusa-a, também, de espalhar "desinformação sobre os governos dos Estados-membros da OEA".
Rubio, "com sua delirante obsessão anticubana e seu desprezo pela Nossa América, consegue impor uma de suas funcionárias favoritas para defender políticas coercitivas que são universalmente rejeitadas".
Fatos como esse, destaca o texto, "demonstram que as relações hemisféricas precisam de uma transformação profunda".