O partido governista Liberdade e Refundação (Libre) de Honduras rejeitou os resultados das eleições gerais realizadas em 30 de novembro no país centro-americano e exigiu que fosse anulado.
Em um comunicado lido por sua candidata à presidência, Rixi Moncada, o jovem partido progressista afirmou que “não reconhece” eleições marcadas por graves irregularidades.
Em sua mensagem ao povo hondurenho e à comunidade internacional, Moncada enfatizou que o partido Libre não pode aceitar um processo eleitoral sob a interferência do presidente dos EUA, Donald Trump, que apoiou explicitamente o candidato do Partido Nacional (PN), de direita, Nasry Asfura.
A candidata à presidência de esquerda lembrou que, como parte da interferência, aos celulares de hondurenhos chegaram milhares de mensagens ameaçando suspender as remessas de dezembro que recebem de seus parentes que vivem nos Estados Unidos.
Moncada também condenou o indulto concedido por Trump ao ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández (2014-2022), condenado por um tribunal de Nova York a 45 anos de prisão por contrabando de centenas de toneladas de cocaína para os Estados Unidos.
A candidata do partido governista exigiu que o Ministério Público apresentasse as acusações cabíveis e emitisse um mandado de prisão internacional contra Hernández (ex-líder do Partido Nacional) por seus crimes.
A ex-ministra da Defesa no governo de Xiomara Castro denunciou a falsificação dos resultados preliminares das eleições, que até o momento favorecem Asfura, por meio de um sistema de transmissão hackeado (TREP) com o objetivo de distorcer a vontade popular.
O partido Libre também pediu que se investigassem os “atos de terrorismo eleitoral” realizados por meio dessa plataforma de divulgação de resultados, conforme revelado por 26 gravações de áudio divulgadas pelo ministério Público sobre uma conspiração orquestrada pelo nacionalismo para minar o processo eleitoral.
Fonte: Prensa Latina
