O presidente Nicolás Maduro expressou, na segunda-feira, sua disposição para dialogar com seu homólogo americano, Donald Trump, e reafirmou a posição histórica e inabalável da Venezuela de absoluto respeito ao direito internacional. Durante seu programa semanal, “Con Maduro +”, o presidente afirmou que o bem mais poderoso que um “verdadeiro líder político” pode ter é a sua palavra, e a escrita perdura para sempre. E mencionou uma carta enviada ao presidente americano em 6 de setembro.
Observou que a carta de três páginas foi entregue a Trump faz nove semanas e enfatizou que a posição da República Bolivariana “é invariável e de absoluto respeito ao direito internacional”. Como afirma o texto, o diálogo é o único caminho para a verdade e a paz. Maduro declarou que seu país rejeita firmemente o uso da força para impor regras nas relações entre as nações e reafirmou o que reza na Carta das Nações Unidas, na Constituição venezuelana e a vontade do povo venezuelano.
“Somente através da diplomacia os países e governos livres devem se entender, e somente através do diálogo devem ser buscados pontos em comum em questões de interesse mútuo. Essa é a posição inabalável e histórica da Venezuela”, enfatizou.
O chefe de Estado destacou que “o diálogo é o caminho para encontrar a verdade e a paz que não tem alternativa nas Américas, na América do Sul e no Caribe”.
E ressaltou que o diálogo e a diplomacia “não têm alternativa, e o resto é um abismo sem fim”, e mencionou as guerras intermináveis que são bases de destruição e morte, como ocorreu no Vietnã, Afeganistão e Iraque.
O presidente venezuelano reafirmou que esse não é o caminho e afirmou que o que resta do século XXI é diferente: “reafirmar os direitos dos povos e o Direito Internacional”.
Maduro observou que seu país suporta 16 semanas de cerco e alcançou feitos nunca vistos antes em um século, como “a unidade total do povo venezuelano”.
A este respeito, se referiu às pesquisas, que refletem que 94% da população rejeitam ameaças militares, mais de 90% repudiam a extrema-direita nacional, enquanto 80% apoiam as forças armadas e a Milícia Bolivariana, com o índice de aprovação do governo próximo a 70%.
“A Venezuela está unida e tem planos para o desenvolvimento econômico e social, consolidação política e social e desenvolvimento científico e educacional; mas também temos bons planos, bem elaborados, desenvolvidos ao longo dos últimos 20 anos, para a defesa integral de nosso território sagrado”, insistiu o presidente.
Maduro afirmou que qualquer pessoa que queira dialogar “encontrará em nós pessoas de palavra e com a experiência necessária para dirigir a Venezuela”.
E denunciou os esforços de setores poderosos nos Estados Unidos para destruir Trump, para que cometa “o erro mais grave de sua vida: atacar a Venezuela”, o que, em sua opinião, seria o fim de sua carreira política e sua liderança.
Fonte: Prensa Latina
