O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil confirmou a prisão do ex-presidente Bolsonaro e de outros cinco condenados por tentativa de golpe, após audiências de prisão preventiva realizadas por videoconferência.
Os seis condenados começaram a cumprir suas penas na terça-feira, quando as sentenças se tornaram definitivas.
Além de Bolsonaro, os ex-ministros da Casa Civil Walter Braga Netto, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier também participaram das audiências de prisão preventiva.
Ao expedir os mandados de prisão, o ministro Alexandre de Moraes estipulou que as prisões deveriam ser realizadas “com o devido respeito à dignidade do condenado, sem o uso de algemas e sem qualquer exposição à mídia”.
Fica a critério da autoridade policial usar ou não o uniforme e as armas necessárias para o cumprimento do mandado, disse.
Identificados pela Procuradoria-Geral da República como membros do chamado núcleo crucial da organização criminosa, os seis foram condenados por golpe de Estado, abolição violenta do Estado de Direito Democrático, organização criminosa armada, dano agravado com ameaça grave ou violência ao patrimônio da União e dano ao patrimônio histórico.
Prevenido desde sábado, quando violou sua tornozeleira eletrônica, Bolsonaro começou a cumprir sua pena de 27 anos e três meses de prisão na sede da Polícia Federal na capital.
A sociedade brasileira vive este momento com mistura de alívio, polarização e ansiedade.
Para amplos setores democráticos, a pena de prisão envia uma mensagem clara: a tentativa de subverter a Constituição não ficará impune.
Para os apoiadores do político de extrema direita, o julgamento, a condenação e a prisão confirmam suas teorias da conspiração.
E para analistas políticos, este caso marca um ponto de virada na relação entre justiça, política e governança.
Segundo os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro foi o “líder e arquiteto” de um plano para perpetuar seu poder pela força e pela desobediência institucional.
Fonte: Prensa Latina
