Com um repertório que incluiu canções inéditas e bem conhecidas, Silvio Rodríguez cativou o público chileno em um concerto memorável, onde relembrou Víctor Jara, Pepe Mujica e José Martí.
O show do cantor e compositor cubano durou mais de duas horas na Movistar Arena, na capital, com capacidade para 17.000 pessoas. O artista oferecerá mais três recitais nesse lugar.
“Estive aqui pela primeira vez em outubro de 1972, há 53 anos”, disse o cantor e compositor, aplaudido de pé ao começar a cantar a canção “Santiago do Chile”, que compôs ao saber da notícia do golpe de Estado de 1973 contra o governo de Salvador Allende.
Quase toda a primeira metade do seu show foi dedicada ao seu último álbum “Quería saber”, mas foram as peças clássicas que empolgaram o público presente.
Em um ambiente intimista, o público cantou junto com o trovador algumas de suas canções mais icônicas, como El necio, Venga la esperanza, Ojalá e La era está pariendo un corazón, para citar apenas algumas.
Silvio também interpretou Yolanda, de Pablo Milanés; Créeme, de Vicente Feliú; e Te perdono, de Noel Nicola, todas homenageando músicos proeminentes de sua geração.
Um momento especial foi sua interpretação de Te recuerdo Amanda, uma das peças emblemáticas do cantor e compositor chileno Víctor Jara, assassinado pela ditadura de Augusto Pinochet.
Com sua apresentação no Chile, Silvio Rodríguez continua sua turnê que começou nas escadarias da Universidade de Havana e seguirá pela Argentina, Uruguai, Peru e Colômbia.
Assim como tinha feito na capital cubana, Rodríguez recitou um texto de “Maestros Ambulantes”, do Herói Nacional cubano José Martí: “Ser culto é a única maneira de ser livre”.
Da mesma forma, prestou homenagem ao recém-falecido José Pepe Mujica ao cantar “Más porvenir”, canção dedicada ao ex-presidente uruguaio.
Várias figuras políticas compareceram à apresentação, incluindo a ex-presidente chilena Michelle Bachelet.
Fonte: Prensa Latina