Casa TodosInternacionalProtestos no Equador entram na terceira semana

Protestos no Equador entram na terceira semana

por Irene Fait
Protestas en Ecuador

Os protestos no Equador contra as medidas do governo de Daniel Noboa entram  em sua terceira semana, em meio ao estado de emergência e alertas do movimento indígena de que os protestos podem se radicalizar.

Em resposta a uma declaração do presidente da Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), Marlon Vargas, sobre a possibilidade de direcionar os protestos para Quito caso o poder executivo não atenda às suas demandas, Noboa emitiu um novo decreto de estado de emergência para 10 províncias.

“Ninguém pode vir e tomar a capital de todos os equatorianos à força. Aqueles que optarem pela violência estarão sujeitos à lei. Aqueles que agirem como criminosos serão tratados como criminosos”, declarou o presidente no domingo em sua conta na rede social X.

Para a CONAIE, sob o pretexto de ordem, o governo desencadeou uma repressão sistemática contra aqueles que exercem seu direito constitucional.

“Responsabilizamos o presidente Noboa pelas consequências dessa decisão autoritária, que visa silenciar e reprimir o povo em luta. O decreto suspende a liberdade de reunião e intensifica a mobilização das Forças Armadas e da Polícia”, alertou a CONAIE.

Segundo a organização, o estado de emergência aumenta o risco de uso desproporcional da força e de prisões arbitrárias, ao mesmo tempo em que busca ocultar as verdadeiras causas da crise: a eliminação do subsídio ao diesel, o aumento do IVA e outros problemas.

As mobilizações, que já estão em seu 15º dia, tiveram seu epicentro em Imbabura, província do centro-norte do país, embora outras cidades nas montanhas e na Amazônia tenham sido palco de manifestações.

De acordo com o monitoramento da Aliança pelos Direitos Humanos, 208 denúncias de violações de direitos humanos foram registradas até 4 de outubro, 112 pessoas ficaram feridas e uma pessoa morreu, o membro da comunidade Kichwa, Efraín Fuerez.

Enquanto isso, o governo sustenta que medidas econômicas são necessárias e insiste que não reverterá a decisão sobre o diesel nem está disposto a dialogar com “uma minoria” que não representa o país.

Fonte: Prensa Latina.

 

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