As pessoas em primeiro lugar

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-04-26 21:14:39

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Imagen / Segurilatam

Por: Guillermo Alvarado

Centenas de organizações não governamentais, líderes políticos, chefes de Estado e premiados com o Nobel em diferentes ramos, entre tantos, estão realizando intensa campanha internacional para conseguir que as vacinas contra a Covid-19 sejam um bem comum de todos os povos.

O objetivo da luta iniciada pela África do Sul e a Índia e apoiada por 100 países é conter a pandemia sob o princípio “as pessoas em primeiro lugar” colocando a vida das pessoas na frente dos interesses das multinacionais farmacêuticas.

Hoje, muitos países ricos, como Estados Unidos e as principais potências da União Europeia, realizam campanhas de imunização de seus habitantes, porque possuem os recursos para açambarcar as vacinas produzidas nos principais laboratórios.

Porém, no resto do mundo, as coisas se passam de outra maneira. Há nações na Ásia, África, América Latina e o Caribe que ainda não conseguiram comprar nenhuma parcela de vacinas e a escassa população protegida se deve a doações.

Há governos que se preparam para vacinar todos os seus habitantes antes do final deste ano, contudo outros não alcançarão esta meta até o ano 2024.

Resolver a desigualdade passa por modificar algumas regras da Organização Mundial do Comércio OMC entre elas a suspensão temporária dos direitos de propriedade intelectual das farmacêuticas.

Isto permitiria que todos os países que tivessem capacidade produziriam vacinas a serem distribuídas em todos os lugares sem empecilhos, isto é, se conseguiria aquilo que os ativistas denominam “uma vacina do povo”.

Estados Unidos e seus mais próximos aliados são contra esta medida, e o assunto será discutido outra vez numa reunião da OMC, no dia cinco de maio.

Por esta razão, mais de cem personalidades endereçaram uma carta ao atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, recordando-lhe, entre outras coisas, que a economia só se recuperará quando a Covid-19 for varrida da face da terra, não só num pequeno número de nações.

“Este último ano de Covid nos ensinou que as ameaças à saúde pública são globais”, dizem os autores. E realçam que “o mercado não pode enfrentar corretamente esses desafios, nem o nacionalismo estreito”.

O mundo escutou com alívio a notícia das vacinas contra o coronavírus, mas depois descobriu que salvo exceções, entre elas a de Cuba, esses imunizantes serviriam não tanto para salvar vidas quanto aumentar os já polpudos ganhos de algumas multinacionais.

Esta é a ocasião propícia para inverter a equação colocando as pessoas em primeiro lugar, não acham? 

 



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