Crise dentro da crise

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-06-21 21:37:22

Pinterest
Telegram
Linkedin
WhatsApp

Guillermo Alvarado

Nos últimos dez anos, dobrou o número de pessoas deslocadas por causa das guerras, a pobreza e outras calamidades, informou o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados ACNUR detalhando que esse número alcança hoje 82,4 milhões em todo o mundo.

Em 2020, quando a pandemia da Covid-19 se espalhou pelo planeta, estes dolorosos números subiram quatro por cento, mantendo a tendência de subida pelo nono ano consecutivo.

Filippo Grandi, diretor do ACNUR, comentou que praticamente tudo está parado devido à crise sanitária: economia, educação, serviços e outros setores, exceto as guerras, a violência, a discriminação e as perseguições, que são os fatores que obrigam as pessoas a fugir.

Em nossos dias – disse – um por cento da população mundial está deslocada, inclusos os 42 milhões que foram obrigados a se refugiar dentro de seu próprio país.

Neste sentido, Colômbia é a primeira na lista, com 8,3 milhões de habitantes deslocados por culpa dos grupos armados irregulares, bandos do crime organizado, latifundiários e outros, que crescem por efeito da indiferença do governo e das autoridades locais.

Com relação aos refugiados no exterior, as duas nações mais afetadas são Síria e Venezuela. Ambas as nações são vítimas de sanções, ou conflitos impostos por potências ocidentais, com EUA à testa.

O bloqueio econômico dos EUA contra Venezuela  provoca carências  sofrimentos quse insuportáveis ao povo. Qual é o propósito do cerco? Ora, derrubar o governo de Nicolás Maduro e restabelecer o neoliberalismo.

Síria padece faz mais de dez anos uma guerra alimentada do exterior que inclui a organização e financiamento de grupos terroristas, assim como a ocupação ilegal de uma porção de seu território por tropas norte-americanas.

O relatório do ACNUR se limita a assinalar que 6,7 milhões de sírios e quatro milhões de venezuelanos foram obrigados a abandonar seus lares, mas não menciona as causas que estão por trás desse êxodo forçado.

Dois milhões e meio de pessoas tiveram de sair do Afeganistão, bombardeado desde 2001 por uma coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos, um nome que se repete ligado a muitas tragédias.

Nosso planeta está mergulhado numa crise sanitária, mas dentro da mesma existem outras crises produzidas pela cobiça, o egoísmo e a falta de respeito aos direitos dos demais.



Comentários


Deixe um comentário
Todos os campos são requeridos
Não será publicado
captcha challenge
up