
Por Roberto Morejón
Atualmente, Cuba está reafirmando seu sistema de saúde, que sofre limitações materiais por razões externas, mesmo assim sustenta o seu enfoque gratuito e preventivo.
A Convenção Internacional Cuba Saúde 2025, bem organizada e uma grande participação, com feiras, conferências e uma notável troca de práticas e conceitos em Havana, apoia as políticas públicas e uma rede de atenção primária à saúde hoje também afetada, mas de pé.
O elevado número de convidados, autoridades, especialistas e ativistas na Convenção destaca o interesse no método de saúde de Cuba, sem negar que no exterior se sabe dos muitos insumos que faltam.
Como o governo explicou, o bloqueio dos EUA é particularmente duro na área de saúde, a ponto de os médicos, enfermeiras e técnicos às vezes não terem os medicamentos, equipamentos e reagentes necessários.
Não obstante, o país exibe baixa taxa de mortalidade infantil, cobertura de vacinação, prevenção de doenças e controle de pandemias, e seus profissionais trabalham abnegadamente para superar situações urgentes.
Daí a importância da Convenção, pois são discutidos modelos internacionais de gestão de saúde pública, e os cubanos estão sempre prontos para assimilar novas ideias.
É impressionante que o próprio conclave esteja ocorrendo apesar da crise econômica, o que demonstra o compromisso de manter o sistema de saúde em meio a ameaças estrangeiras.
Uma delas é a campanha feroz liderada pelo Departamento de Estado dos EUA e por Marco Rubio para desmantelar a colaboração médica cubana com outros países, apoiada por acordos governamentais.
Mesmo assim, o Ministério da Saúde Pública enfatizou que continuará a defender o atendimento médico como um direito universal, conforme declarou o ministro José Ángel Portal.
O ministro da Saúde cubano afirmou que seu país continuará formando profissionais, compartilhando ciência e prestando serviços onde for necessários, em referência ao cenário internacional tenso, ao qual se somam as campanhas distorcidas dos Estados Unidos.
Em uma convenção de prestígio, a nação caribenha reiterou que não haverá saúde humana se não houver saúde para todos, algo que Washington está tentando minar com seus ataques.
Dando ênfase ao paradigma Uma Só Saúde, o esforço para sustentar a atenção primária e o desenvolvimento da ciência e da inovação, Cuba pretende aumentar os pilares de um serviço essencial para seus cidadãos, sem renunciar à cooperação médica com outros países.