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Por Roberto Morejón
De Jacarta a Seul, da Filadélfia a Los Angeles, em muitas cidades e vilarejos, milhões de trabalhadores comemoraram seu dia no Primeiro de Maio, não apenas com as reivindicações habituais, mas também desafiando as tarifas e deportações de Donald Trump.
Nos Estados Unidos, em particular, os protestos pelo Dia Internacional do Trabalho focaram no presidente do país por seus cortes draconianos, que mandaram milhares de trabalhadores para casa.
Naquele país, as marchas e os desfiles contaram não só com ativistas sindicais, mas também com defensores dos direitos dos imigrantes e apoiadores da causa palestina.
Da mesma forma, aderiram estudantes alarmados com as poucas verbas destinadas às escolas públicas e com as exigências da Casa Branca aos programas universitários.
No Japão, alguns disseram que as políticas de Trump pairavam sobre o dia como uma sombra. Havia um caminhão na marcha de Tóquio com um boneco parecido com o presidente norte-americano.
Do outro lado do Atlântico, em Paris, os líderes sindicais franceses condenaram o que descreveram como a alta influência militar e comercial de Trump na política mundial.
Levando em conta as altas tarifas já aplicadas, ou pausadas pelos Estados Unidos, muitos sindicatos exigiram que seus governos na Europa redirecionassem o comércio, pois se Washington não quer seus produtos, é bom oferecê-los em outros mercados.
Antigas reivindicações dos trabalhadores voltaram à pauta, como na Alemanha, onde alertaram que o aumento da jornada de trabalho e o crescente sentimento anti-imigração desmantelam as proteções trabalhistas.
Em Manila, exigiram aumentos salariais e maior proteção para empregos e empresas locais. E, no Velho Continente, dezenas de milhares de pessoas insistiram na redução da jornada de trabalho e pediram melhores salários.
Os sindicatos afirmam que, em muitas partes do mundo, os empresários estão recorrendo a demissões fáceis em vez de lidar com os problemas, e pedem que o processo seja de acordo com as cartas sociais e os acordos entre patrões e sindicatos.
Em 1º de Maio, foram evidentes os temores pela instabilidade econômica global, que é impactada negativamente pela guerra comercial desencadeada por Trump.