EUA e sua obsessão de colocar Cuba em listas unilaterais

Editado por Irene Fait
2025-05-14 18:22:49

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Marco Rubio

Por Roberto Morejón

Os diferentes governos dos EUA têm tido a mesma obsessão: confeccionar listas unilaterais, como se fossem juízes internacionais, e colocar Cuba nas mesmas.

O governo de Donald Trump, com a gestão obstinada de seu secretário de Estado, Marco Rubio, incluiu Cuba numa dessas listas, a de países que não cooperam na luta contra o terrorismo.

A decisão corresponde ao departamento de Rubio, que não parece dar atenção suficiente a questões críticas e, portanto, encontra tempo para planejar novos abusos contra Havana.

O mais recente permite ao governo de Donald Trump reverter a ação tomada pelo governo de seu antecessor, Joseph Biden, ao remover Cuba da lista.

O passo atual serve como nova alavanca para as sanções contra a Ilha, reforçando o bloqueio e depois afirmando que tal coerção não existe, pois o que chama de regime cubano pode se relacionar com o mundo inteiro.

E para confirmar o aperto do fatídico anel, vale lembrar que os Estados Unidos devolveram Cuba à sua lista de países patrocinadores do terrorismo, da qual Biden a havia retirado antes de deixar a Casa Branca.

Isso acarreta sérios contratempos para a economia cubana, pois não permitem créditos bancários internacionais.

Mas Rubio e a coluna anticubana em torno de Trump fazem ouvidos moucos a pronunciamentos como o de um grupo de especialistas da ONU, que tinha afirmado em fevereiro que retornar a nação caribenha ao inventário de países que patrocinam o terrorismo é ilegal e um retrocesso para os direitos humanos dos cubanos. 

Embora o Departamento de Estado alegue outros pretextos para articular a mais recente decisão anticubana, a verdade é que Rubio sempre exigiu manter Cuba nas listas negras. 

Em 2022, quando era senador,  criticou o governo Biden porque, em sua opinião, estava inclinado a retirar Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo.

Agora, no controle do Departamento de Estado, ele está se preparando para reestruturá-lo, mas não priva de fundos os programas que promovem mudança de regime em Cuba.

Com suas listas e outras ferramentas, o governo Trump e, em particular, Rubio, estão apertando o cerco contra Cuba, o que corrobora as afirmações recentes do vice-ministro das Relações Exteriores, Carlos Fernández de Cossío.

"Cuba não vive em paz. Cuba vive em agressão permanente".



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