
Por Guillermo Alvarado
Um grupo de países árabes e europeus se reuniu em Madri, capital da Espanha, para analisar a situação na Faixa de Gaza, onde Israel está submetendo a população civil a intensos bombardeios e ataques terrestres, ao mesmo tempo em que impede a entrada de ajuda humanitária urgente.
O objetivo da reunião é aplicar sanções contra o regime sionista de Benjamin Netanyahu para forçá-lo a interromper a limpeza étnica na Palestina, com o propósito aberto de erradicar os palestinos da área, assumir o controle absoluto do enclave e expandir seus territórios.
Essa ação viola todas as convenções internacionais sobre o direito humanitário internacional, bem como as regras estabelecidas para casos de conflito armado - o que não é o caso, pois não há luta de um exército contra outro - e até agora a comunidade internacional permaneceu em silêncio.
Esta é a primeira tentativa séria de abordar a questão e espera-se que os acordos surjam rapidamente, sejam implementados de uma vez por todas e, assim, pôr fim à pior tragédia humana do mundo nas últimas décadas.
O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse que o objetivo é interromper essa guerra desumana e sem sentido.
E acrescentou que a ajuda de emergência deve entrar em Gaza sem condições ou limites e não sob controle israelense, como pretende Tel Aviv. O silêncio nesse momento é cumplicidade com esse massacre, destacou.
A reunião contou com a presença de representantes da França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Noruega, Islândia, Irlanda, Eslovênia e Espanha, além de Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Turquia, Marrocos, Liga Árabe e Organização de Cooperação Islâmica, além do Brasil.
A urgência do momento foi agravada nas últimas horas por uma denúncia aterrorizante de que as tropas terrestres sionistas estão usando civis palestinos, inclusive crianças, como escudos humanos enquanto se deslocam por Gaza, o que constitui um crime de guerra.
Para aqueles que acham que isso é propaganda, ou que usam o argumento do antissemitismo para esconder a brutalidade do exército de Israel, ressaltamos que a informação foi dada por soldados israelenses, que não concordam com o genocídio.
Eles afirmaram que os comandantes estão cientes dessas ações, chamadas de "protocolo do mosquito", e que as toleram e até as promovem.
As vítimas devem caminhar na frente das tropas e são as primeiras que explodem caso haja minas ou armadilhas, uma ação perversa e covarde que deve ser punida com toda força.