Alianças para o crescimento

Editado por Irene Fait
2025-05-29 17:00:18

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Por Roberto Morejón

O surgimento de novos centros geográficos com potencial para o desenvolvimento está levando a América Latina e o Caribe a buscar novos caminhos para a cooperação extra-regional.

A ascensão da China e os avanços da Índia, do Grupo BRICS e da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) estão criando um cenário no qual os Estados Unidos já não monopolizam as opções, e as oferecidas trazem consigo condições e imposições.

Para a região ao sul do Rio Bravo, o novo panorama abre possibilidades para diversificar as relações e dispensar até certo os laços estruturais e geopolíticos.

A China está se mostrando um interlocutor sério e poderoso, e se devem levar em contar os benefícios de uma relação comercial que vem crescendo ao longo do tempo.

O comércio ultrapassou 500 bilhões de dólares em comparação com os 12 bilhões registrados em 2000.

Pequim compra matérias-primas dessa parte do Hemisfério Ocidental, oferece financiamentos para infraestruturas e fornece tecnologia.

O Fórum entre China e CELAC, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, realizado recentemente em Pequim e que contou com o discurso principal do presidente Xi Jinping, foi auspicioso para esta parte do mundo.

O Plano de Ação Conjunta CELAC- China para Cooperação em Áreas Comuns, emitido pela reunião ministerial mencionada acima, mostra objetivos de trabalho interessantes até 2027.

No fórum, a China ofereceu um esquema de cooperação abrangente com grande potencial, de acordo com as urgências e expectativas da região.

Em Pequim, falaram sobre investimentos industriais, multilateralismo, criação e fortalecimento de empresas, construção de portos, intercâmbio de alimentos, pesquisa em tecnologia e informação e a transição energética.

O chefe de Estado chinês discutiu a possibilidade de quase 10 bilhões de dólares em financiamento e advogou por conversar sobre turismo.

Portanto, em um território com altos níveis de pobreza e desigualdade, ter a China como parceira comercial é promissor. Agora só resta colocar em prática ideias, planos e conceitos.

E isso deve ser feito com a consciência de que os Estados Unidos desencadearam uma guerra comercial com a China, à qual a China respondeu com agilidade e energia. 

América Latina e o Caribe podem contar com um acordo vital de cooperação internacional para o desenvolvimento, com o objetivo de cumprir a Agenda 2030 da ONU.

Para fortalecer os laços com a China, os preconceitos incentivados pela mídia, por Washington e por Bruxelas devem ser eliminados.



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