Condenam golpe de Estado parlamentar no Brasil

Editado por Yusvel Ibáñes Salas
2016-04-21 08:58:00

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Muitos se preocupam e condenam o golpe de Estado parlamentar que está em andamento no Brasil contra a presidente Dilma Rousseff. Políticos, a direita conservadora e as grandes corporações da mídia uniram suas forças para atacar a democracia e reverter as conquistas dos governos do Partido dos Trabalhadores, PT.

Domingo passado, em lamentável show disfarçado de processo legislativo, a Câmara de Deputados aprovou por 367 votos a favor, 137 contra e sete abstenções o impeachment contra a chefe de Estado por suposto delito que nunca foi provado.

Vale mencionar que entre os que aprovaram esta farsa há muitos que alguns dias atrás eram aliados do PT no executivo, mas agora preferiram as moedas de Judas e desrespeitaram seus compromissos políticos.

Outros, como o próprio presidente do Congresso, Eduardo Cunha, aguardam julgamento por enriquecimento ilícito e ter contas correntes no exterior sem declarar, tudo devidamente comprovado. Buscam, portanto, consumar o golpe para se beneficiar com eventual anistia.

São sujeitos assim os que buscam escamotear a vontade de milhões de brasileiros que elegeram Rousseff presidente do Brasil cujos imensos recursos são cobiçados pelas multinacionais.

Cuba condenou energicamente o golpe parlamentar e avisou que se trata de um ataque, baseado em acusações sem provas, nem fundamentos legais, contra a democracia brasileira e contra a legitimidade de um governo eleito pela maioria do povo.

Em comunicado, o ministério das Relações Exteriores de Cuba assegura que se pretende implantar um governo neoliberal que permita às grandes multinacionais saquearem as riquezas naturais do Brasil, especialmente suas imensas reservas de petróleo, minérios, água e biodiversidade, e que subordine sua política exterior aos interesses hegemônicos imperialistas.

Entrementes, no Uruguai, legisladores da Frente Ampla reclamaram da chancelaria que se aplique ao Brasil a Cláusula Democrática do MERCOSUL, se prosperar o golpe no Senado.

É uma medida criada em 1998 que permite aplicar sanções políticas e econômicas e até separar do grupo um membro se este quebrar a ordem democrática, como está se passando no país vizinho.

Nada tem a ver, naturalmente, com a carta democrática da caduca e desprestigiada OEA – Organização de Estados Americanos -, que talvez esteja conspirando ativamente com os golpistas para avalizar seus malfeitos e reconhecer o ilegítimo governo que pudesse sair deste processo.

O assunto está agora nas mãos do Senado, que deve formar uma comissão de 21 membros e igual número de suplentes para estudar o pedido de julgamento político contra a presidente.

Nesse ínterim, as forças progressistas deverão se ativar, dentro e fora do Brasil, para defender a democracia de um golpe que seria muito grave para todos os povos da América Latina e o Caribe.



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