Presidente cubano participou de Cúpula virtual do Movimento Não Alinhado

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-05-04 13:13:45

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Havana, 4 de maio (RHC).- O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, participou nesta segunda-feira da Cúpula virtual do Movimento dos Países Não Alinhados sobre o tema “Unidos contra a Covid-19”.

Junto, estavam os ministros das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, e da Saúde Pública, José Ángel Portal. O encontro on-line foi convocado pelo Azerbaijão, presidente pro tempore da entidade.

Ao falar na reunião, Díaz-Canel ressaltou o apoio do bloco à OMS – Organização Mundial da Saúde, e os chamamentos à unidade global, à solidariedade e à colaboração internacional, além de colocar-se acima das diferenças políticas e erradicar as medidas coercitivas unilaterais que violam o direito internacional e a Carta da ONU, e restringem a capacidade dos Estados para enfrentar a pandemia com eficácia.

O mandatário cubano afirmou que a Covid-19 é um desafio global, que não distingue fronteiras, ideologias ou níveis de desenvolvimento. “Daí que a resposta deva ser também global e mancomunada, superando as diferenças políticas”, indicou. “Falemos com honestidade: se tivéssemos globalizado a solidariedade como globalizou-se o mercado, a história seria outra”, apontou Díaz-Canel.

Em seu discurso na Cúpula virtual dos Não Alinhados, afirmou que a solidariedade e a cooperação não podem ser substituídas pela busca de lucros, “motivação exclusiva dos que prestaram culto ao mercado e se esqueceram do valor da vida humana”. Disse que os erros das políticas neoliberais levaram à redução da gestão e das capacidades dos Estados, a excessivas privatizações e a esquecer as maiorias. “Esta pandemia demonstrou a fragilidade de um mundo fraturado e excludente. Nem os mais afortunados e poderosos poderiam sobreviver em ausência dos que, com seu trabalho, geram e sustentam as riquezas”, apontou Díaz-Canel.

Referiu-se ao pensamento do líder histórico Fidel Castro em torno de que em vez de investir tanto no desenvolvimento de armas mais sofisticadas, os que têm recursos deveriam promover as pesquisas médicas e colocar a serviço da humanidade os frutos da ciência, criando instrumentos de saúde e de vida, e não instrumentos de morte. “Defendamos, junto ao secretário-geral das Nações Unidas, o fim das guerras, inclusas as não convencionais, para salvaguardar o direito à paz”, afirmou o presidente cubano ao falar na Cúpula virtual do Movimento Não Alinhado.

Nesse contexto, exaltou a efetividade do sistema de saúde desta Ilha, demonstrada no enfrentamento à pandemia, e reiterou que apesar dos efeitos negativos do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, endurecido nos últimos tempos, Cuba continuará garantindo a saúde da população e colaborando nessa área com outros países. “Cuba não abandonará sua vocação solidária”, sublinhou Miguel Díaz-Canel.



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